IMED passará a oferecer treinamentos a policiais para abordagem e condução de interrogatórios

Capacitações serão trabalhadas nas áreas de abordagem, entrevistas e interrogatórios de suspeitos utilizando técnicas da Psicologia Cognitiva

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Foto: Divulgação/IMEDFoto: Divulgação/IMED
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Por meio do Cogjus - Laboratório de Ensino e Pesquisa em Cognição e Justiça, que tem como principal objetivo realizar o diálogo entre a ciência da Psicologia com a prática do sistema de justiça Brasileiro, a IMED passará a oferecer treinamentos a policiais para abordagem e condução de interrogatórios. O projeto está propondo e testando inovações na área de investigação criminal por meio de pesquisas e capacitações, segundo a instituição de ensino.

O Cogjus foi idealizado e coordenado pelo professor, William Weber Cecconello, que tem experiência na criação de treinamentos para policiais baseados na Psicologia Forense. “Se um policial precisa entrevistar uma vítima muito abalada, mas não foi capacitado para isto, pode ter algumas dificuldades em conseguir informações importantes para a investigação", avalia. A Psicologia Cognitiva, como explicou o docente, estuda os processos de comunicação, memória, pensamento investigativo, entre outros, e pode auxiliar neste processo. "A academia desenvolve e propõe técnicas que possam tornar o trabalho investigativo mais eficaz. A polícia é então capacitada para estas técnicas e pode ajudar a aprimorar a técnica proposta, ou até mesmo trazer novas demandas”, pontua o pesquisador.

Como vai funcionar

Neste primeiro ano de implantação, o foco será o desenvolvimento de treinamentos na área de abordagem, entrevista e interrogatório de suspeitos. Estão sendo previstas etapas de entrevistas com policiais, para entender as maiores necessidades de procedimento, para, posteriormente, desenvolver e testar os procedimentos de entrevista.

Segundo a IMED, já estão sendo articuladas parcerias com a Polícia Civil de diferentes estados do Brasil. Além disso, a iniciativa já conta com parcerias internacionais para a realização das ações a serem desenvolvidas. Para o ano de 2021, foram investidos cerca de 30 mil dólares na implantação do laboratório, em parceria com o Norwegian Centre for Human Rights.


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