A Central Única das Favelas (CUFA) e a Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS) formalizaram, na manhã da última quinta-feira (22), um termo de cooperação para promover ações educativas que contribuam com a empregabilidade e a inserção no mercado de trabalho de jovens e adultos residentes nas zonas periféricas de Passo Fundo através do Ser Cidadão.
O projeto piloto, que será implementado no município quando houver condições sanitárias em face da pandemia, busca uma via rápida para reorganizar e acelerar a inserção dessa mão de obra em atividades laborais através de cursos de qualificação. “Não tem como a pessoa exercer a cidadania se ela não tem informação. A pandemia nos atrasou muito e, hoje, está mais fácil as pessoas receberem outras propostas ilegais que geram renda”, afirmou o coordenador da CUFA em Passo Fundo, Marcelo Godoy Nery.
Através desta parceria, explicou Marcelo ao jornal O Nacional, serão ofertadas aos moradores aulas de desenvolvimento pessoal para qualificar o currículo e fortalecer as bases pessoais. “Sabemos que a favela não é carente, é potente. Com oportunidades todos podem crescer e viver melhor”, ponderou. “Não tendo ações, as pessoas ficam desenganadas e partem para um lado que não é bom. Se não dividirmos a riqueza, receberemos as consequências da miséria”, enfatizou Nery.
O fomento à empregabilidade, como mencionou o coordenador do FGTAS/Sine, Everaldo Ramos, também deve se inclinar a uma articulação com órgãos de governo e da iniciativa privada. “Além da intermediação de mão-de-obra, serão ofertados serviços do Estado e das entidades que se somarem à articulação”, elencou.