No fim de abril, Passo Fundo acendeu o alerta para a possibilidade de racionamento da água. A medida pressupõe que existe menos recurso disponível em relação à demanda. Frente a esse cenário, um grupo composto pela Prefeitura, Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) e Defesa Civil irá monitorar a condição dos reservatórios e trabalhar em ações de conscientização.
De acordo com o superintendente regional da Corsan, Aldomir Santi, a estiagem é verificada em decorrência do fenômeno da La Niña e não há previsões para chuvas em grandes volumes. “A falta de chuvas e o baixo volume dos reservatórios locais preocupam, podendo ocasionar um racionamento eminente de água caso as condições climáticas não alterarem”, pontua.
Hoje, segundo dados da Corsan, a barragem da fazenda da Brigada está 4,05 metros abaixo do normal. Já a barragem do Arroio Miranda também registra uma baixa de meio metro.
O secretário adjunto de Segurança e também coordenador da Defesa Civil, Ruberson Stieven, enfatiza que, além da questão das chuvas, neste momento, é importante que toda a população ajude a economizar água. O que determinará ou não o racionamento são, sobretudo, as condições climáticas. No entanto, é imprescindível que a população faça o uso racional e não desperdice”, enfatiza.
Nos próximos dias, a Prefeitura realizará um levantamento fotográfico no interior e um diagnóstico sobre o abastecimento nos distritos da cidade, segundo a assessoria de imprensa da PMPF. A Corsan, que monitora diariamente a situação dos reservatórios, deverá encaminhar as informações para o grupo de acompanhamento. “Se não houver melhoras no abastecimento, o município poderá decretar situação de emergência”, destaca Ruberson.
Conforme a Defesa Civil, mais de 120 municípios do Rio Grande do Sul decretaram situação de emergência em razão da baixa disponibilidade hídrica.