Em tempos de pandemia, uma das tradicionais ações do curso de Medicina da Universidade de Passo Fundo (UPF), o Trote do Bem, se reorganizou, mas não deixou de realizar a ação solidária, envolvendo os calouros do curso. E em 2021, foram três ações: doação de cabelos para confecção de perucas para pacientes oncológicos, doação de sangue e cadastro para doação de medula óssea. As atividades foram realizadas neste mês de maio.
O Trote do Bem é uma iniciativa da Associação Atlética Acadêmica Gaúchos de Passo Fundo (AAAGPF) da Faculdade de Medicina, que surgiu em 2018, com o objetivo de introduzir os bixos/calouros na Faculdade, mostrando, desde o início, aos estudantes a importância da empatia e do cuidado com os pacientes. Antes da pandemia, a ação era realizada na Oncologia Pediátrica do Hospital São Vicente de Paulo, na qual as crianças em tratamento quimioterápico raspavam os cabelos dos meninos e cortavam o cabelo das meninas para a confecção de perucas.
Com a pandemia de Coronavírus, o projeto se reorganizou a fim de não expor às crianças imunodeprimidas ao contato com tantos alunos. Dessa forma, fizeram uma parceria com um salão de beleza de Passo Fundo, o Andy Camargo. Na terça-feira, 18 de maio, estudantes de Medicina cortaram as mechas de cabelo no salão e, posteriormente, farão a doação para a Oncologia Pediátrica do hospital para a confecção de perucas. “Acredito que para mim, como acadêmica, a experiência, além de única, foi inesquecível. A sensação de saber que essa minha pequena ação pode deixar alguém um pouquinho mais feliz não tem preço”, declara a acadêmica Gabriela Tagliapietra Hartmann, 19 anos, do nível I do curso de Medicina, enfatizando que ajudar o próximo é um dos seus maiores desejos ao entrar no curso. “Por estar somente no primeiro semestre, ainda tenho muito a aprender antes de começar efetivamente essa ajuda, porém, com essa ação que fiz hoje, sinto que já estou um passo mais perto. Sou muito grata a todos que ajudaram a fazer esse momento acontecer, espero que muitas outras lindas edições do Trote do Bem como a minha aconteçam, deixando quentinho o coração de quem dá e de quem recebe”, enfatiza a estudante.
Incentivo à doação de sangue e de medula óssea
Outra ação realizada foi em conjunto com o Trote Solidário do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) envolvendo a doação de sangue e cadastro de doação de medula. Os acadêmicos de Medicina da UPF fizeram a doação e o cadastro no Hemopasso, no dia 11 de maio. “O cadastro de medula óssea é muito simples e muito fácil de fazer. Na doação de sangue, é retirado 10ml de sangue para o cadastro (o mesmo sangue da própria doação) e, assim, o doador entra em um banco mundial de doadores de medula. Se um dia alguém precisar, eles chamam. Com esse simples gesto é possível salvar muitas vidas. Mais de 70 tipos de doenças hematológicas precisam da doação de medula óssea para a cura”, destaca a acadêmica, Laura Paggiarin Skonieski, coordenadora de ações sociais da AAAGPF.