Aumento de casos ativos leva Prefeitura a restringir todas as atividades não essenciais a partir das 21h

Alta ocupação de leitos hospitalares e elevação dos casos ativos de Covid-19 nos municípios que compõem as regiões Covid 17, 18 e 19 motivaram a decisão, que passa a ter validade já nesta terça-feira (25)

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(Foto: Michel Sanderi)(Foto: Michel Sanderi)
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Depois de avaliar os indicadores e os números da pandemia ao longo desta semana, a Prefeitura de Passo Fundo determinou a restrição de horário no funcionamento de atividades não essenciais entre as 21h e 6h, a partir desta terça-feira (25), com vigência até a próxima segunda-feira (31). A decisão foi compartilhada com os prefeitos dos municípios que compõem as regiões Covid 17, 18 e 19 e que estão agrupados na Associação dos Municípios do Planalto (AMPLA), durante reunião na tarde desta segunda-feira (24).

 Conforme o prefeito de Passo Fundo, Pedro Almeida, levou-se em consideração a realidade vivida em cada município da região, sobretudo a partir da emissão do Alerta por parte do Gabinete de Crise do Governo do Estado, na terça-feira (18). “Acompanhamos os números e o avanço da pandemia em cada cidade, ouvindo as experiências e as ações de cada gestor para, a partir disso, construirmos um protocolo conjunto de medidas sanitárias capazes de conter a velocidade de propagação viral”, defendeu Pedro.

Com base nisso, Passo Fundo e as demais localidades passarão a adotar a suspensão das atividades não essenciais entre as 21h e 6h. Os serviços considerados essenciais pelo decreto Estadual 55.882/2021, como os de saúde e os supermercados, por exemplo, não estão inseridos no decreto de limitação de horário. O decreto municipal em Passo Fundo ainda prevê a permissão, após o horário das 21h, dos serviços de telentrega, ficando vedado o procedimento de “pague e leve”. Essa medida de restringir o horário de funcionamento das atividades têm o objetivo de reduzir a circulação de pessoas, evitando aglomerações.

A Prefeitura de Passo Fundo também suspendeu o retorno de escolas da rede municipal que voltariam às atividades presenciais nesta segunda-feira. O retorno tem sido feito de forma gradual e com todos os cuidados. Até o momento não há registro de casos positivos de coronavírus em alunos ou trabalhadores das escolas municipais. 


Situação local

A secretária de Saúde de Passo Fundo, Cristine Pilati, argumentou que o crescimento na ocupação dos leitos clínicos e de UTI’s nos dois maiores hospitais da região – o de Clínicas e o São Vicente de Paulo –, além do aumento no número de casos ativos e suspeitos de Covid-19 no município sustentam a decisão. “O número de novos casos aumentou, assim como os ativos e também os atendimentos nas unidades de referência. Os hospitais em Passo Fundo, que recebem pessoas de toda a região, também estão enfrentando dificuldades para garantir o atendimento de pacientes Covid-19. Precisamos adotar esta medida para frearmos um novo colapso do sistema público em saúde”, destacou Cristine.

A secretária defendeu ainda que todas as cidades reforcem suas medidas de prevenção. “Alguns municípios já estão tomando medidas desde o fim da semana passada, como restringir o horário e suspender algumas atividades. Cada localidade precisa assumir a sua responsabilidade no enfrentamento da pandemia, sobretudo porque os casos mais graves acabam sendo deslocados para Passo Fundo, contribuindo para a lotação dos nossos hospitais”, argumentou ela.

Cristine reiterou que a 6ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) tem atuado junto aos municípios para permitir o monitoramento dos casos e a transferência de pacientes com outras enfermidades para os hospitais em seus municípios de origem. “Alguns pacientes precisam dos atendimentos hospitalares de referência prestados em Passo Fundo, mas podem retornar às suas cidades a partir da melhora em seus quadros clínicos. Isso ajuda muito a desafogar os leitos”, ponderou.

Ainda de acordo com a secretária e com o prefeito, estas medidas serão avaliadas diariamente, assim como o avanço da pandemia e o comportamento dos casos ativos. “Seguiremos monitorando os cenários e as perspectivas para equacionarmos a defesa da saúde e a manutenção das atividades econômicas”, apontou o prefeito.

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