OPINIÃO

Conjuntura Internacional

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Série Desafios Globais: China (Parte 3). A expansão militar. Dando continuidade à série sobre o projeto de expansão global chinês, nesta semana iremos explorar a dimensão militar. A pergunta principal seria: qual a pretensão do Partido Comunista Chinês em expandir militarmente, em escala global e quais são os impactos geopolíticos dessa ambição militar ao mundo democrático? Nos últimos anos, Beijing tem adotado uma nova postura em seus investimentos militares. Se o foco anterior era o da defesa costeira do país, o objetivo atual é o do avanço nas águas internacionais, com tecnologias militares que surpreendem em números (e capacidade). O último relatório divulgado pelo Pentágono sobre o Exército de Libertação Popular (ELP) – como se denomina o conjunto das forças militares chinesas – aponta que a China já possui a maior marinha do mundo, bem como tem expandido significativamente o seu arsenal de mísseis. A modernização do ELP vem ocorrendo nas últimas duas décadas, em terra, mar e espaço.

 

A Marinha 

Grande parte do investimento militar tem se dado na Marinha de Beijing, que hoje conta com cerca de 350 navios. No seu esforço de expansão às águas internacionais e na criação de uma marinha de longo alcance, a China tem aumentado, cada vez mais, o número de submarinos nucleares, em um projeto ambicioso, com equipamentos de mais de 130 metros de comprimento, equipados com ogivas nucleares, cujo alcance pode, e deve, preocupar qualquer país ocidental.

 

A preocupação nuclear 

A capacidade de um segundo ataque (second strike), ou seja, a resposta a um ataque nuclear, vem aumentando consideravelmente na China, por meio de veículos terrestres que carregam mísseis balísticos com ogivas nucleares que seriam capazes de atingir os EUA. Estrategicamente os veículos ficam dispersos no território chinês, para dificultar a sua destruição em eventual cenário de guerra (primeiro ataque nuclear). Todavia, o arsenal ainda é considerado baixo (320 ogivas atômicas), perto dos EUA (mais de 5 mil). Todavia, o plano de Beijing é claro, aumentar cada vez mais o seu arsenal, acendendo o sinal vermelho no Ocidente.

 

A conquista do espaço 

Esse é outro ponto que traz preocupações ao mundo democrático. Beijing pretende construir a sua estação espacial, denominada Tiangong, que se encontra em estágio avançado, onde já realizou o lançamento do módulo central. Isso permitirá à China, segundo os especialistas, a capacidade de reconhecimento, posicionamento e navegação por satélite, juntamente com o seu armamento nuclear, colocando os EUA em posição de fragilidade. Outro aspecto da conquista espacial é a recente chegada em Marte, com alegada investigação científica.

 

Os EUA 

O Presidente americano, Joe Biden, todavia, vem adotando algumas respostas necessárias ao avanço de Beijing, como o aumento da presença da Sétima Frota nas imediações chinesas, bem como exercícios militares com aliados na região, no sentido de uma contenção militar de Beijing. 

 

 

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