A caçada ao criminoso Lázaro Barbosa, na região centro-oeste do Brasil, vem merecendo larga cobertura da imprensa. Apontado como “serial killer de Brasília”, o homem de 32 anos é suspeito de pelo menos seis assassinatos. Até o fechamento da coluna ele ainda não havia sido capturado pela força tarefa formada por policiais civis, militares e federais. As notícias diárias sobre o caso trouxe a tona na região do Alto Uruguai do RS o caso “Luís Baú”, que se mantém no imaginário popular. Seu desaparecimento, após fuga do Instituto Psiquiátrico Forense (IPF), vai completar cinquenta e um anos na próxima quarta-feira (30). Dos cinco fugitivos, que estouraram o cadeado da cela e saltaram sobre o muro da instituição localizada no número 2850 da Av. Bento Gonçalves, Bairro Partenon, em Porto Alegre, somente Luís Baú não foi capturado. Figurando no rol dos assassinos em série da história criminal, Luís Baú, que teria completado 82 anos no último dia 21, jamais foi encontrado.
II - A infância e a juventude de Luís Baú, nascido na localidade de Sete Lagoas, atual Distrito do município de Itatiba do Sul, foi no meio rural. Filho de agricultores, junto com os irmãos, ajudava os pais no trabalho da roça. Diferentemente dos demais meninos da vizinhança, passava parte do tempo pelos matos e muito cedo se tornou conhecido pelos trabalhos de benzedor e curandeiro. Após a morte do pai, e por motivos desconhecidos, se desentendeu com um dos irmãos, desferindo contra ele um tiro, deixando-lhe cego. Em seguida saiu da propriedade e foi trabalhar como empregado rural no interior de Santa Catarina, aonde contraiu núpcias. Abandonado pela mulher, com quem não teve filhos por ser estéril devido a uma doença, retornou para a região e recebeu abrigo na propriedade de uma viúva, na comunidade de Linha Jubaré, próxima de Itatiba do Sul. Apesar de ter mais de quinze filhos, a viúva cedeu um pedaço de terra para Luís Baú plantar. Em compensação, auxiliaria no tratamento e cuidado de um dos filhos diagnosticado como asmático.
III - No ano de 1976, ao retornar do Quartel, um dos filhos da viúva teria alertado quanto a uma possível relação homoafetiva entre Luís e o irmão. A intenção de enviar o menor para um Seminário na cidade de Garibaldi, com o intuito de separá-los, não se concretizou. Ao tomar conhecimento do fato cometeu, com requintes de crueldades, seu primeiro crime de sangue. Preso pelas autoridades policiais, Luís Baú foi diagnosticado por um médico do IPF com “esquizofrenia simples” e sentenciado a cumprir pena no Presídio Estadual de Erechim. Com 36 anos e esbanjando saúde, Luís Baú cultivava uma horta que, além de abastecer a cozinha da casa prisional, garantia verduras e temperos para os funcionários. Seu comportamento exemplar era também mensurado pelos serviços de limpeza e manutenção. Sem nenhum registro de desavença interna, ele passou a trabalhar alguns dias da semana na colônia penal, localizada nas cercanias da cidade. Em janeiro de 1980, numa destas saídas, empregou fuga quando realizava tarefas na chácara do administrador do presídio. O fato não teve qualquer repercussão até que, no dia 12 de fevereiro, na localidade do Rio Toldo, interior de Getúlio Vargas, tirou a vida de um menino de onze anos.
IV - O crime brutal teve ampla cobertura da imprensa. Enquanto o jornal A Voz da Serra de Erechim se referia a Luís Baú como o “A Fera de Itatiba do Sul”, os dois maiores jornais de Porto Alegre apontavam o criminoso como o “Monstro de Erechim”. Diferentemente do que ocorre na perseguição que acontece em Goiás, a realizada nas matas do Alto Uruguai, há mais de meio século, estava restrita a poucas viaturas e ocasionalmente alguns voos com um avião do aeroclube. Na série de crimes, outros dois meninos: um de oito e outro de onze, foram mortalmente atacados com faca, na localidade de Arroio Tigre. Antes do último assassinato, de um chacareiro de 62 anos, Luís Baú chegou a perseguir uma criança, socorrida pelo pai. Na manhã do dia 21 do mesmo mês, uma quarta-feira, as autoridades foram informadas de que Luís Baú caminhava pela Transbrasiliana. Após trocar tiros com a polícia, Luís Baú foi capturado. Com medo da fúria popular e ameaças de linchamento foi transferido para o IPF, de onde fugiu após cinco meses. A última notícia sobre ele foi no ano de 2005, quando os crimes, julgados a revelia, prescreveram.
Curtas:
# A executiva do PP de Getúlio Vargas, através de seu conselho de ética, está analisando denúncias feitas a uma filiada.
# Segundo informações fidedignas, ela teria sido o pivô das filmagens de supostas compras de votos por candidatos à vereança no último pleito.
# O nome da investigada está sendo guardado a sete chaves, mas consta que se candidatou a vereança em 2016, sem lograr êxito.
# E ainda, que as inúmeras investidas em busca de um cargo no Executivo nos anos seguintes não foram bem sucedidas.
# Ao comentar sobre a moção de pesar pelo falecimento da cantora Berenice Azambuja, a coluna errou o partido da vereadora proponente.
# Estreante na Câmara de Getúlio Vargas, a vereadora Inês Aparecida Borba é filiada ao “MDB”.
# Mesmo sendo da bancada de oposição, todos os seis vereadores situacionistas aprovaram a relevante proposta.
# Este escriba espera que, muito em breve, possa registrar um Projeto de Lei subscrito pela novel parlamentar.
# E por falar em Projeto de Lei, o vereador Domingo Borges de Oliveira (PP) assinou o de número 002/2021 na sessão realizada na noite de quinta-feira (24).
# O vereador, que é pastor evangélico, defende o reconhecimento como essencial para a população de atividades religiosas em tempos de crises ocasionadas por moléstias.
# Denunciada pelas redes sociais pela retirada de árvores de canteiros da área central, a administração do prefeito Soligo (PP) segue trabalhando na remodelação paisagística.
# Na maioria dos canteiros, as árvores conhecidas como ligustro foram substituídas por espécies mais adequadas.
# Outras mudanças previstas para breve são nas cores dos monumentos e floreiras da Praça General Flores da Cunha e do Calçadão.
# O estilo e as cores, também aplicadas na Cuia, localizada no centro da Praça, provocou reações contrárias num grupo que conta com mais de cinco mil membros na rede social.
# O monumento em questão, inaugurado no ano de 1961, era todo branco, conforme fotografia do descerramento da placa.
# Lavrada em bronze, que bem merecia um polimento, a famosa frase de Flores da Cunha proferida em profusão durante a Revolução de 1930, está afixada no pedestal.
Dito & Feito:
A pavimentação asfáltica da ERS-9070, entre a cidade de Erebango e a RS-135, na localidade de Ventarra Alta, pautou o encontro, realizado na manhã de quarta-feira (23), no gabinete do prefeito Valmor Tomelero (MDB). Na presença do deputado estadual Gilberto Capoani (MDB), do vice-prefeito Flávio Kusz (MDB) e o presidente da Câmara, vereador Osmar Marinho (MDB), trataram da pauta, de modo on-line, com o secretário estadual de Logística e Transportes, Juvir Costela (MDB).