Passo Fundo - 164 anos: salto na geração de empregos e na qualidade de vida

A convite do jornal O Nacional, os ex-prefeitos Airton Dipp e Luciano Azevedo e o atual gestor do município, Pedro Almeida, além do ex-deputado federal Beto Albuquerque avaliam o desenvolvimento da cidade nos últimos 16 anos

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Considerada a principal cidade da região Norte do Rio Grande do Sul, Passo Fundo chega aos seus 164 anos de emancipação como a 8ª maior economia do Estado e um polo de referência em saúde, serviços e educação. O progresso do município, nos últimos anos, levou a cidade a ocupar espaço até mesmo entre as 50 melhores cidades brasileiras de porte médio para se viver e investir, de acordo com diferentes institutos de pesquisa.

Dados coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram ainda que o expressivo crescimento da população local, que saltou de aproximadamente 170 mil pessoas no começo dos anos 2000 para 204 mil habitantes em 2020, vem sendo acompanhado lado a lado pelo avanço econômico. O Produto Interno Bruto (PIB) do município, por exemplo, passou de pouco mais de R$ 1,4 bilhão em 2000 para R$ 9,1 bilhões em 2018, conforme os dados mais recentes divulgados pelo órgão até então.  

Os números, que denotam a importância do município e a qualidade com que a cidade tem se desenvolvido, são resultados de mudanças que passaram, especialmente, pelo crivo daqueles que ocuparam o cargo de chefes do Executivo. Cada qual contendo suas próprias particularidades na forma de gerir o município, nas duas últimas décadas, os prefeitos de Passo Fundo trabalharam de forma a atrair novos investimentos e tornar a cidade um lugar onde a população pudesse encontrar qualidade de vida. É por isso que, nesta edição especial de aniversário de Passo Fundo, além do coordenador regional do IBGE, o jornal O Nacional convidou também os três últimos administradores do município para compartilharem, a partir de um olhar experiente, suas percepções acerca do desenvolvimento da cidade nos últimos 16 anos e o modo com que suas administrações contribuíram para o crescimento regional.


Referência na região Norte do Estado

Para o coordenador regional do IBGE em Passo Fundo, Jorge Bilhar, o salto nos números ligados ao município é reflexo do peso carregado pelo nome da cidade. “Passo Fundo se destaca na região Norte. Nós nos tornamos um polo em educação, principalmente a partir da criação da Universidade de Passo Fundo (UPF); temos muitos indústrias importantes que vieram se instalar aqui nos últimos anos; hospitais que são referência na área da saúde; temos grandes produtores na área do agronegócio; e concentramos diversos órgãos públicos com sede aqui. Então há um sistema de convergência que, há muito tempo, atrai as pessoas para morar e investir em Passo Fundo. Como PIB, somos um dos municípios mais importantes a nível estadual e até mesmo nacional”, analisa. 

Bilhar observa uma dificuldade em estimar, numericamente, o crescimento geográfico do município nos últimos dez anos — já que o Censo Demográfico do IBGE não pôde ser realizado em 2020 e, assim, a edição mais recente do levantamento é a de 2010 —, mas denota uma expansão no número de domicílios. “Nosso crescimento habitacional foi muito grande nos últimos anos. Hoje, quase 100% da área territorial de Passo Fundo é urbana. Temos 98% do território ocupado. Houve incentivo do governo federal com o qual se investiu muito na construção civil, tanto que o crescimento na nossa área central está quase saturado. São mais de 700 prédios construídos no Centro”.

Com pouco espaço no Centro da cidade, o coordenador do IBGE aponta uma expectativa de expansão das construções para as áreas periféricas de Passo Fundo. Na percepção dele, uma obra em específico deve influenciar o desenvolvimento do município daqui para frente: a reforma do aeroporto Lauro Kortz. “Esses investimentos, como o aeroporto, fazem com que haja uma valorização nos arredores do local. Já temos uma rede hoteleira com previsão de se instalar no bairro Petrópolis e outras empresas estão estudando a possibilidade de vir para o município a partir da notícia do projeto do nosso aeroporto. Se trata de uma estratégia logística. Além disso, nós somos uma cidade bastante atraente para se investir em função da população e por sermos o centro consumidor, com mais de 2 milhões de habitantes em um raio de 100km”, cita. Todos esses fatores, na opinião de Bilhar, indicam uma possibilidade de crescimento ainda maior nos próximos anos. 


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