Passagem de ônibus pode subir para R$ 4,75 em Passo Fundo

Preço sugerido pelo Conselho Municipal de Transportes ainda deve ser avaliado pelo prefeito do município

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Mudança atende a pedido das empresas  responsáveis pelo serviço (Foto: Arquivo ON)Mudança atende a pedido das empresas  responsáveis pelo serviço (Foto: Arquivo ON)
Mudança atende a pedido das empresas responsáveis pelo serviço (Foto: Arquivo ON)
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O preço da passagem de ônibus pode ficar mais caro em Passo Fundo nas próximas semanas. Atendendo a um pedido das empresas responsáveis pelo serviço de transporte coletivo do município, o Conselho Municipal de Transportes apresentou à Prefeitura de Passo Fundo, na última semana, uma sugestão de reajuste na tarifa praticada, que pode passar de R$ 4,30 para R$ 4,75. A proposta aguarda a avaliação do prefeito Pedro Almeida e não possui um prazo estimado para resposta.

A readequação de preço sugerida pelo conselho leva em consideração um pedido das empresas Coleurb e Codepas, que apresentaram à Secretaria de Transportes e Serviços Gerais, como de praxe anual, planilhas de custos em que salientam a necessidade de reajuste na tarifa das passagens de ônibus. Conforme explica o procurador-geral do Município, Adolfo Freitas, a solicitação é motivada por uma crise no setor de transportes e, também, pelo aumento no custo dos insumos para operação da frota, como a variação no preço do combustível. O último reajuste na tarifa havia sido efetuado em fevereiro do ano passado, quando a tabela de preço passou de R$ 3,90 para R$ 4,30.

A composição dos custos da tarifa do transporte é também elaborada por cada empresa a partir de referências como o Índice de Passageiros por Quilômetro (IPK) – dado que divide o número de embarques diários de passageiros pela quilometragem diária percorrida pelos ônibus —, motivo pelo qual, quanto menos linhas forem operadas por uma empresa, e menor for número de passageiros diários, consequentemente, maior se torna o custo para cada quilômetro rodado. Isto explica a diferença entre as tarifas sugeridas pela Coleurb, que opera com um maior número de linhas e solicitou reajuste para R$ 5,86, e a Codepas, que sugeriu readequação para R$ 6,71.

De acordo com o procurador, os documentos apresentados pelas empresas foram analisados jurídica e contabilmente antes de serem encaminhados para o Conselho Municipal de Transportes. “Eles se reuniram na semana passada e fizeram uma sugestão de R$ 4,75, considerando todo o contexto do aumento dos insumos, mas também as dificuldades que a população está vivendo por causa da pandemia”, observa.

Após publicação em decreto, nova tarifa tem prazo de 48 horas para entrar em vigor

Responsável por analisar as informações levantadas e, a partir disso, sugerir uma nova tarifa para o transporte, o Conselho Municipal de Transportes tem apenas caráter consultivo. A decisão final cabe ao Executivo Municipal, representado pela figura do prefeito Pedro Almeida. “Ele pode aceitar ou não a sugestão, mas não há um prazo definido para essa decisão, então ainda não é possível dizer quando o novo valor será anunciado. Depois que for definido e publicado em decreto, há ainda um prazo de 48 horas para o novo valor entrar em vigor, já que as empresas precisam de um tempo para preparar a catraca, ajustar o troco e informar a população sobre o novo preço”, esclarece Adolfo. 

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