A Prefeitura de Passo Fundo promoveu nesta sexta-feira (3) uma reunião com representantes de imigrantes de diferentes nacionalidades e entidades envolvidas para orientar sobre o comércio ambulante. O Município afirma ter a preocupação de acolher esses imigrantes e buscar alternativas de emprego e renda, além de auxiliar em questões como a regularização de documentos. A partir desse primeiro encontro, deve ser montado um plano de ação para apresentar soluções.
“Temos grande preocupação no sentido de acolher os imigrantes e dar a eles condições para que não fiquem irregulares. O primeiro passo será uma ação de orientação”, afirmou o prefeito Pedro Almeida. Uma cartilha em três idiomas está sendo elaborada para orientar os imigrantes em relação aos serviços oferecidos pelo Município, que podem ser acessados por eles.
A regularização documental dos estrangeiros é considerada um desafio. “Temos um fluxo enorme de estrangeiros, vindos de países como Venezuela, Haiti, Senegal, Bangladesh. Um migrante sem documento não consegue acesso ao trabalho, saúde ou assistência social, por isso esse é hoje nosso principal desafio: regularizar a documentação”, afirmou a coordenadora do projeto de extensão Balcão do Migrante e Refugiado, da Faculdade de Direito da Universidade de Passo Fundo, Dra. Patricia Noschang.
O representante da Associação dos Senegaleses de Passo Fundo, Aliou Thiam, fez um relato das dificuldades encontradas pelos imigrantes e agradeceu a acolhida. “Estou emocionado com essa possibilidade de discutir soluções para os nossos problemas. Nunca apoiei o comércio ambulante e acho que precisamos ouvir as pessoas para entender porque estão nessa situação. Agradecemos muito Passo Fundo, a vida é muito diferente aqui”, afirmou.
Também participaram da reunião secretários municipais, representantes de outras associações de estrangeiros, Polícia Federal e o vereador Gio Krug.