Escola de Hackers e o Letramento em Programação capacitam mais de 5 mil alunos

Desde pequenos, os estudantes das escolas municipais de Passo Fundo têm acesso a atividades de programação, que estimulam o desenvolvimento de habilidades como a criação, a resolução de problemas e a colaboração

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As atividades da Escola de Hackers e do Letramento em Programação envolvem alunos dos anos do Ensino Fundamental (Foto: Michel Sanderi/PMPF)As atividades da Escola de Hackers e do Letramento em Programação envolvem alunos dos anos do Ensino Fundamental (Foto: Michel Sanderi/PMPF)
As atividades da Escola de Hackers e do Letramento em Programação envolvem alunos dos anos do Ensino Fundamental (Foto: Michel Sanderi/PMPF)
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As tecnologias digitais têm funções estratégicas em todas as áreas da ação humana e programar computadores passou a ser uma habilidade básica dos profissionais do século XXI. Na rede municipal de ensino de Passo Fundo, existem iniciativas de ensino de programação na educação básica. O Programa Escola de Hackers, da Prefeitura, e o Letramento em Programação já formaram mais de 5.000 crianças em habilidades básicas.

O secretário de Educação, Adriano Canabarro Teixeira, define a importância desses projetos para o desenvolvimento dos alunos, sobretudo, com relação à criatividade, resolução de problemas e colaboração. “Na educação, aprender a programar computadores é uma oportunidade de desenvolvimento de uma modalidade de pensamento denominado ‘computacional’, que, conceitualmente, auxilia na decomposição de problemas, no reconhecimento de padrões, na abstração e na construção de algoritmos. As experiências pedagógicas em programação permitem afirmar que existem inúmeros outros reflexos positivos, como o estímulo do raciocínio crítico e pensamento sistêmico, a formulação de hipóteses de resolução de problemas e o aprimoramento de competências interpessoais e de colaboração”, destacou.

As atividades da Escola de Hackers e do Letramento em Programação envolvem alunos dos anos do Ensino Fundamental. Maria Clara, de 17 anos, está no 7º ano e, junto com os colegas da Escola Municipal de Ensino Fundamental Padre Anchieta, iniciou o letramento. Ela enfatiza o que a experiência significa. “Passo a maioria do tempo que estou em casa jogando e conversando. Achei a aula muito boa porque o mundo vai evoluindo e nós também precisamos evoluir, aprendendo sobre a tecnologia”, contou.

O professor Selmar Rodrigues relata que o pensamento computacional é trabalhado com os estudantes em diferentes estágios. Após passar pela programação, percorre a criação de aplicativos e, então, a robótica. “Damos um passo de cada vez. Aqui, com os alunos dos sextos e sétimos anos, estamos apresentando o ambiente e introduzindo o pensamento computacional. O letramento inicia com atividades plugadas, com o uso de computadores, e eles vão aprendendo sobre a programação com uma linguagem acessível até estarem aptos para um novo processo de aprendizagem e criação”, explicou.

Ao falar sobre as estratégias da Prefeitura para promover a programação, o secretário adiantou uma novidade: a partir de 2022, o EducaTechPF proporcionará a participação de todos os estudantes da rede em ações. “Por meio do projeto EducaTechPF, 100% dos nossos estudantes da rede municipal terão atividades relacionadas à programação de computadores. Eles terão várias oportunidades de desenvolver habilidades que os levarão a um outro patamar para a transformação do mundo”, revelou.

Conforme Adriano, a pandemia reafirmou o papel e o espaço dos aparatos tecnológicos na vida do ser humano. “Precisamos vencer a ideia de que nossa relação com a informática deve ser numa lógica de competição para assumir, definitivamente, uma postura de colaboração. Contudo, é necessário compreender que programar computadores vai muito além da construção de uma competência profissional”, considerou.


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