COE voltará a debater uso de máscara ao ar livre nesta semana

Com mais de 60% dos moradores com esquema vacinal completo, vagas em leitos hospitalares estão sendo destinadas a outras patologias

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Foto: Gerson Lopes/Arquivo ONFoto: Gerson Lopes/Arquivo ON
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O Comitê de Operações Emergenciais (COE), formado no começo da crise sanitária para gerenciar a pandemia em Passo Fundo, deverá se reunir nesta semana para voltar a debater sobre a obrigatoriedade do uso de máscaras ao ar livre no município, conforme mencionou a secretária municipal de Saúde, Cristine Pilati, ao jornal O Nacional na segunda-feira (25).  

Com 61,2% dos passo-fundenses com o esquema vacinal completo, e 74,9% dos moradores com pelo menos uma dose do imunizante contra o coronavírus aplicada, segundo indica a interface da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Cristine fala em um “controle dos indicadores”. “Nós observamos uma queda, também, no número de consultas no Cais Petrópolis. Continuamos com as internações nos mesmos patamares de 15 dias atrás”, citou a titular da pasta de saúde municipal.  

Instituído por decreto em 19 de abril do ano passado, a circulação em áreas comuns com o material de proteção respiratória se tornou obrigatória aos moradores e volta à discussão dos gestores com o avanço da imunização, a exemplo do que já ocorre em outras localidades, como na capital do Rio de Janeiro, onde se pretende suspender a exigência da máscara quando o decreto estadual for alterado. “Esse assunto ainda não foi debatido no COE e vai passar por uma análise”, limitou-se Cristine.  

Patamares iniciais 

Sem registrar novos óbitos pela doença desde quinta-feira (20), os profissionais da saúde também observam uma queda nos casos ativos e em novas contaminações, que regressaram ao patamar do início da crise sanitária na cidade, conforme ilustra o gráfico da média móvel monitorada pelo Portal da Transparência de Registro Civil. “O fator principal é a vacinação”, enfatizou a secretária municipal de Saúde.  

Esse baixo índice de contaminação reflete, ainda, nas unidades hospitalares de Passo Fundo, responsáveis por absorver a demanda em saúde na região. Dos 136 leitos Covid abertos para receber pacientes contaminados, apenas 27 estão ocupados ou 19,9% do total, de acordo com o Mapa de Leitos da SES. O cenário é bastante diferente do registrado nos meses iniciais deste ano, quando a pandemia golpeou com força as unidades de saúde levando a se considerar um colapso na rede pública e privada. “Mesmo com a redução de casos de Covid-19, o Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) não fechou leitos. Neste momento, temos 20 leitos de enfermaria Covid e 10 leitos de UTI Covid. As demais vagas estão sendo utilizadas no atendimento de outras patologias”, esclareceu o superintendente executivo do HSVP, Ilário De David.  

Dos 110 leitos de unidade de terapia intensiva disponíveis nas unidades hospitalares locais, 60% estão ocupados por pacientes sem o diagnóstico do coronavírus. Ainda assim, a secretária de Saúde pondera que é precoce considerar que o município se encaminha para uma superação da pandemia. “É um controle dos indicadores pelas medidas sanitárias e pela vacinação”, reiterou Cristine.  


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