Programa da Prefeitura acompanha mais de 200 pacientes com sequelas da Covid-19

Atualmente, 42 pacientes seguem em monitoramento e em acompanhamento com fisioterapeutas, nutricionistas e psicólogos.

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Foto: Michel Sanderi/PMPFFoto: Michel Sanderi/PMPF
Foto: Michel Sanderi/PMPF
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Falta de ar, cansaço extremo, perda de memória recente, dificuldades de locomoção, confusão mental, depressão e ansiedade. A lista de transtornos e problemas de saúde agravados pela pandemia do Coronavírus pode ser bastante extensa e tem sido um desafio tanto para profissionais de saúde quanto para os gestores públicos em todo o país. Por isso, a Prefeitura de Passo Fundo apresentou, no mês de julho, uma iniciativa para garantir o monitoramento e o acolhimento, na Rede Municipal de Saúde, das pessoas que foram hospitalizadas em decorrência do agravamento da Covid-19 na cidade.

Para o prefeito Pedro Almeida, o programa Busca Ativa é esta ação prática da Secretaria de Saúde para oferecer atendimentos multiprofissionais aos pacientes que apresentam sequelas provocadas pela doença. “Fortalecemos a rede municipal de atenção básica para dar conta desta demanda. Um dos diferenciais do Busca Ativa, porém, é o mapeamento feito pela Secretaria junto aos pacientes que foram hospitalizados nas UTI’s ou que ainda precisam utilizar respiradores, por exemplo, como uma ferramenta de triagem e de aproximação com estas pessoas”, define ele.

A partir desse contato inicial, explica o prefeito, a Secretaria constrói um planejamento de atendimentos, assegurando aos pacientes acesso aos serviços de fisioterapia, nutrição e em saúde mental. “Acreditamos que estes procedimentos de monitoramento e descentralização dos serviços tem sido positivo porque, em um primeiro momento, as pessoas não precisam se deslocar até as unidades de saúde. O monitoramento feito pelo Município permite práticas mais humanizadas de saúde às pessoas que estão ainda enfrentando problemas em razão da contaminação pelo Coronavírus”, aponta Pedro.

Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, desde o início das atividades do programa, cerca de 240 pessoas foram contatadas e inseridas na rede de assistência básica em saúde do Município. Atualmente, 42 delas seguem em monitoramento e em acompanhamento com fisioterapeutas, nutricionistas e psicólogos, conforme a assessoria de imprensa da PMPF. “A Secretaria orienta sua ação, neste programa, a partir de protocolos sanitários e diagnósticos validados pelo Ministério da Saúde e por entidades médicas nacionais. Isso nos auxilia no mapeamento e no monitoramento dos pacientes que precisam de um acompanhamento mais urgente”, comenta a secretária de Saúde, a médica infectologista Cristine Pilati.


Foi um susto, mas consegui vencer a Covid-19”

Uma das pessoas atendidas pelo programa Busca Ativa é o Jair Simplício Gomides, de 52 anos. Em maio do ano passado, ele começou a passar mal em casa: suores noturnos, muita febre e uma falta de ar que foi se agravando ao longo de dois. “Depois desse tempo, fui no CAIS Petrópolis porque não tinha mais condições de ficar em casa. Os médicos me encaminharam para o Hospital São Vicente no mesmo dia e eu já fui hospitalizado. Fiquei sete dias fazendo oxigênio e não tinha jeito de me recuperar. Quando veio o resultado do teste positivo para Covid-19, logo eles me transferiram para a CTI”, relatou ele.

Logo no primeiro dia da internação na CTI, os médicos decidiram entubá-lo. “Foi no domingo do Dia das Mães. Minha filha estava me fazendo companhia quando os médicos indicaram o tratamento. Foi um susto, fiquei do domingo até a sexta-feira entubado, mas graças a Deus que eu consegui me recuperar. Conheci pessoas e amigos que não tiveram a mesma sorte que eu tive”, contou Gomides, dizendo que saiu do Hospital “com 12 quilos a menos, fraco, com dificuldade de locomoção. Eu não conseguia nem ficar de pé”. “Fui me recuperando aos poucos. É um processo demorado, mas tenho muito a agradecer. Os profissionais de saúde que me atenderam no CAIS, os médicos no hospital, todos eles foram muito atenciosos e responsáveis comigo”, destacou.

Agora, Gomides tem recebido atendimento em fisioterapia no CAIS Hípica, após ter sido contatado pela Secretaria de Saúde no programa Busca Ativa. “Eu achei muito positivo esse programa, porque facilitou o acesso ao serviço de saúde em um momento que eu precisava bastante. As sessões de fisioterapia tem me ajudado bastante”, resumiu.



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