Manifestantes fazem ato pelo fim da violência contra o povo negro

No Dia da Consciência Negra, ativistas chamam a atenção também para a violência doméstica

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Foto: LC Schneider/ONFoto: LC Schneider/ON
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Durante algumas horas da tarde deste sábado (20), quem passava pela Praça Tocchetto em Passo Fundo, e entrava na casinha simulada que ali estava, era convidado a um passeio por duas realidades contrastantes.

Logo na entrada, os objetos rosados que remetiam à estabilidade da formação de uma família logo eram substituídos por objetos perfurantes, como facas em cima da cama, em locais que deveriam ser de conforto em um lar. A ação dos ativistas passo-fundenses, programada em alusão do Dia da Consciência Negra lembrado neste sábado (20), chamou a atenção para a violência contra a mulher negra e parda no ambiente doméstico. "O maior número de pessoas que morrem e que sofrem, tanto na questão do feminicídio quanto do racismo, são as mulheres negras", considerou a membro da Comissão de Direitos Humanos de Passo Fundo (CDHPF), Edivânia Rodrigues.

Foto: LC Schneider/ON


Nos 16 dias de ativismo, que teve início hoje, o foco estará nas condutas pelo fim da violência contra o povo negro para "fazer presente toda a resistência de Zumbi [dos Palmares] e de Dandara", como aludiu Edivânia. "Eles precisam continuar vivos nas nossas lutas e na garantia dos nossos direitos", destacou.

No espaço aberto, os militantes montaram um varal solidário para arrecadação de roupas e alimentos para serem destinados às mulheres em situação de vulnerabilidade no município, conforme explicou Edivânia.

Colcha de retalhos costurada por mulheres passo-fundenses foi exposta na praça durante o ato para simbolizar o trabalho indidual de cada uma. Foto: LC Schneider/ON


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