Modelo Cívico-Militar poderá ser implementado em escola de Passo Fundo

Escola Municipal Georgina Rosado oficializou a intenção junto aos governos municipal e estadual

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Legenda: Previsão é de que ensino cívico-militar seja implementado até 2022 (Foto: Divulgação/Escola Georgina Rosado)Legenda: Previsão é de que ensino cívico-militar seja implementado até 2022 (Foto: Divulgação/Escola Georgina Rosado)
Legenda: Previsão é de que ensino cívico-militar seja implementado até 2022 (Foto: Divulgação/Escola Georgina Rosado)
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A Escola Municipal de Ensino Fundamental Georgina Rosado, no bairro Lucas Araújo, poderá ter o modelo Cívico-Militar implementado aos 280 estudantes caso o protocolo de intenção enviado aos governos municipal e estadual seja aprovado.

Antes da reunião com a secretária estadual de Educação, Raquel Teixeira, houve uma consulta popular envolvendo a comunidade escolar, em 11 de novembro, cuja aprovação para a adoção do método foi unânime, segundo a diretora do educandário, Elizete Flores. “A gente sabe que a implementação dessas escolas é um projeto a curto e a médio prazo que pode ser feito até 2023, mas a comunidade espera que já para 2022 nós a possamos adotar”, sinalizou a gestora.

Segundo o decreto federal que regulamenta a possibilidade de militares atuarem nos centros de ensino público, o modelo é implementado para os estudantes matriculados na Educação Básica e Fundamental, que abrange as turmas de 1º a 9º ano. “Não haverá interferência dos militares na gestão escolar. Acreditamos que eles vêm para agregar na disciplina e trabalhar questões que a nossa comunidade quer que sejam resgatadas, como o civismo e os valores”, ponderou Elizete.

Com isso, a Escola Georgina Rosado deverá receber dois monitores militares escolhidos após inscrição e seleção baseada em títulos e cursos. “Serão escolhidos aqueles que apresentarem a melhor qualificação para estar na escola. Eles ajudarão a formar cidadãos com senso crítico”, defendeu a vereadora Ada Munaretto (PL), responsável por apresentar uma emenda à Lei de Diretrizes Orçamentárias para abrir um crédito de R$ 300 mil para viabilizar a implementação do método. O processo de postulação também foi respaldado pelo vereador Nharam Carvalho (DEM). “Eles vão atuar preventivamente na identificação de problemas que possam influenciar no aprendizado e convivência social das crianças, e aplica sanções e recompensas para que eles saibam das suas responsabilidades através dos valores ensinados”, explicou a parlamentar ao jornal O Nacional na quarta-feira (24).

A presença dos oficiais da reserva do Exército, contudo, não terá interferência na gestão escolar ou no conteúdo pedagógico trabalhado com os educandos, como mencionou a diretora do centro de ensino. “Continuará sendo feita por civis, por um professor eleito pela comunidade escolar”, destacou Elizete ao fazer uma comparação com o Colégio Tiradentes, onde a direção está sob responsabilidade de um militar.


Modelo Cívico-Militar

O conceito do modelo Cívico-Militar elaborado pelo Ministério da Educação, em parceria com o Ministério da Defesa, prevê a inserção desse método em 216 centros educacionais até 2023, sendo 54 por ano.

Caso o parecer seja positivo, a Escola Georgina Rosado será o primeiro centro de ensino municipal a ter a presença dos militares apoiando a rotina escolar. Na rede estadual os educandários Alexandre Zattera, em Caxias do Sul; Carlos Drummond de Andrade, em Alvorada, e Oswaldo Aranha, em Alegrete, além de dois colégios municipais em Bagé e Uruguaiana, foram os primeiros a serem selecionados no Rio Grande do Sul para incorporar o método. 


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