Faltam 900 metros para concluir o cercamento do Aeroporto

A cerca não estava prevista no anteprojeto da reforma e exigiu aditamento de verba

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Em um lado da pista a cerca vai somente até a metade  - Fotos – LC Schneider-ONEm um lado da pista a cerca vai somente até a metade  - Fotos – LC Schneider-ON
Em um lado da pista a cerca vai somente até a metade - Fotos – LC Schneider-ON
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Das luzes ofuscas dos PAPIs aos emaranhados das cercas, o Aeroporto Lauro Kortz de Passo Fundo continua fora de operações. A nova homologação é necessária, pois a nomeação magnética das cabeceiras mudou em consequência da precessão, além da instalação de novos equipamentos e sinalizações. A partir disso, o processo é equivalente ao da aprovação de um novo aeródromo. As obras de recapeamento e melhorias da pista foram concluídas no prazo e, pela demora na chegada dos PAPIs, houve uma sequência de atrasos. Após detectada falha na troca de intensidade no brilho dos equipamentos, no início do mês um técnico avaliou o sistema. Mas a solução ficou para o próximo dia 24, quando a OCEM Airfield Technology, fabricante dos PAPIs, deve resolver o problema nesses conjuntos que indicam uma rampa visual de aproximação final.

Aeroporto sem cerca

Aeroporto exige perímetro de operações fechado. É cercado por questões de segurança. Com o espaço fechado evita-se o ingresso de animais ou pessoas na área operacional. Sabe-se de vários registros de animais que invadiram a pista, especialmente javalis e veados silvestres. Há, inclusive, casos de atropelamentos de javalis colocando em risco a operação de voos comerciais. O cercamento do Aeroporto Lauro Kortz tem um enorme pedaço ainda não concluído. São em torno de 900 metros no sentido Sul, em paralelo à pista, desde as proximidades da interseção principal até a cabeceira 09. A área não cercada pode impedir a homologação e, ainda, gerar multas, de acordo com o que constar do RIA - Relatório de Inspeção Aeroportuária. A inspeção, que antecede a liberação, foi realizada pela ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil.

 Anteprojeto não previa

Cerca acompanha quase todo o perímetro

A definição das melhorias no Aeroporto de Passo Fundo, através de comissões comunitárias, foi elaborada há mais de cinco anos e priorizou o conforto de um amplo terminal de passageiros. O projeto das obras foi elaborado de acordo com esse anteprojeto, que menosprezou questões operacionais como o alargamento da pista. Ou de segurança, onde enquadra-se o cerramento do aeródromo. “Faltava um trecho de 1.380 metros para fechar a área”, explica o engenheiro Itacir Fernando de Souza, do DAP - Departamento Aeroportuário do RS, responsável pela fiscalização da obra. Sem constar do projeto, o cercamento necessitou de recursos próprios do DAP, fora, portanto, da verba destinada à reforma. “Há uma diferença de valores pela época do empenho e os custos atuais, exigindo aprovação da CAGE (Contadoria e Auditoria-Geral do Estado), para liberação pelo Tribunal de Contas”, continuou. Mas Itacir acredita que isso seja solucionado nos próximos dias. Assim, para fechar os 900 metros que estão abertos, entende que o serviço poderá ser feito em uma semana. O cercamento estava em execução por uma empresa de Erechim, terceirizada pela Traçado/Engelétrica, consórcio responsável pelas obras de melhorias no Lauro Kortz.

 

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