Prefeitura e Sindicatos negociam reajuste salarial dos servidores municipais

Índice proposto inicialmente foi de 4%; CMP Sindicato reivindica 42,76%

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Enquanto era realizada reunião com o Simpasso, CMP Sindicato se mobilizou em frente a prefeitura. (Foto: Andressa Wentz)Enquanto era realizada reunião com o Simpasso, CMP Sindicato se mobilizou em frente a prefeitura. (Foto: Andressa Wentz)
Enquanto era realizada reunião com o Simpasso, CMP Sindicato se mobilizou em frente a prefeitura. (Foto: Andressa Wentz)
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O reajuste salarial dos servidores municipais de Passo Fundo começou a ser discutido na terça-feira (15) em reunião entre a Prefeitura e o Centro Municipal de Professores de Passo Fundo (CMP Sindicato) e o Sindicato dos Servidores Municipais de Passo Fundo (Simpasso), que representam a categoria e ontem (17) somente com o Simpasso.

Após a primeira discussão das propostas, o Município apresentou um índice de 4%, sendo 2% na folha de pagamento de março e 2% em agosto. Os sindicatos rejeitaram a proposta apresentada. Na segunda reunião, realizada na manhã de ontem (17), foi apresentado um índice de 5,35%, sendo 2,67% incluídos na folha de pagamento de março e 2,67% em agosto. O CMP Sindicato pede um reajuste de 42,76% no piso salarial do magistério para início de carreira. Enquanto representantes do Simpasso participavam da reunião, professores fizeram uma manifestação em frente ao prédio da prefeitura, com cartazes e faixas.

 

Prefeitura de Passo Fundo

De acordo com a nota emitida pelo Prefeitura na terça-feira (15), tem-se o entendimento de que os 5,19% concedidos aos servidores em janeiro fazem parte do reajuste de 2022. Com o novo reajuste apresentado ontem (17), o impacto na folha salarial seria de quase 10,5 %, somando os dois índices. Conforme o secretário de Finanças, Dorlei Maffi, a administração tem feito um grande esforço para manter a folha de pagamento em dia. “Sempre agimos com responsabilidade, buscando ter as receitas superiores às despesas, de um ano para outro. Há um crescimento da folha de pagamento, independente do reajuste, que também precisamos considerar”, observou.

 

Sindicatos

Segundo o diretor do CMP, Tiago Machado, os 5,19% que a prefeitura concedeu em janeiro e diz pertencer ao reajuste de 2022, na realidade, faz parte do reajuste salarial acordado pelo Sindicato e o Simpasso com o Executivo Municipal no ano passado. O aumento havia sido aprovado e depois foi revogado em 22 de setembro de 2021, por meio do PL 95/2021. No final do ano, em 29 de dezembro, o Executivo Municipal comunicou que seria encaminhado no início de 2022 um projeto para repor o índice negociado no exercício de 2021. Em 11 de janeiro, votado em Sessão Extraordinária, o PL 03/2022 de autoria do Poder Executivo Municipal, que restabelece a reposição salarial dos servidores públicos municipais referente à negociação do exercício de 2021, foi aprovado por unanimidade. Na ocasião, foi comunicado que o reajuste de 5,19% não se aplicaria a 2022, como salientou o diretor do CMP. “Foi uma surpresa. Foi informado que o que fosse aplicado no início do ano, não interferiria no de março”, disse.

Nesse sentido, a proposta apresentada aos dois sindicatos, o CMP Sindicato e Simpasso, foi rejeitada na terça-feira (15) por não contemplar os 42,76% que são reivindicados pelos professores. O pedido de reposição salarial, de acordo com o sindicato, é calculado com base no índice nacional do magistério, que subiu 33,24% no final de janeiro, somado à porcentagem necessária para equiparar o piso municipal ao piso nacional, já que hoje ele está abaixo do mínimo previsto pelo Executivo Federal.

 

Simpasso

O Simpasso informou que apresentaria uma nova proposta para o funcionalismo em uma assembleia na tarde de ontem (17), na Câmara de Vereadores. Não havendo o aceite pela categoria, uma nova reunião com o Executivo deverá ser realizada no início da próxima semana.

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