Na manhã de hoje (23) cerca de 300 professores se reuniram na Câmara Municipal de Vereadores de Passo Fundo e por unanimidade rejeitaram a proposta de reajuste salarial proposta pelo Poder Executivo.
As negociações acontecem desde a última semana e ontem (22) os dirigentes Débora Soares, Geniane Dutra e Tiago Machado, em conjunto do setor Jurídico do Centro Municipal de Professores de Passo Fundo (CMP), se reuniram com os representantes do Poder Executivo para tratar das negociações do data-base de 2022.
Inicialmente, durante a reunião da manhã, a nova proposta do Executivo foi de 5,35% de reposição, a ser pago no mês de março, somado a 10% no ticket de alimentação, sendo que este não contemplaria as aposentadas e aposentados. Na segunda reunião do dia, à tarde, a nova proposta foi de reajuste de 7%, a ser parcelado em três vezes nos meses de março (2%), agosto (2%) e dezembro (3%) somado a 10% do ticket de alimentação, sendo que este não inclui aposentadas e aposentados. O valor do ticket seria implementado de imediato na folha de pagamento.
Uma das questões levadas pela direção do CMP durante as reuniões foi o repasse de verba do Fundeb, fundo criado especificamente para a valorização profissional da categoria e financiamento da educação básica e pública. Além da necessidade de separação da reposição inflacionária do magistério do quadro geral de servidores, pois a categoria possui estatuto próprio que prevê a diferenciação do piso nacional para professores e professoras.
Segundo informações divulgadas pelo Sindicato, de acordo com o procurador geral e o secretário de finanças, o reajuste do Fundeb deste ano foi cerca de 5%, o que inviabilizaria o pagamento de 33,24% do piso nacional do magistério.
Um calendário de ações para a próxima semana com atos por parte do CMP está sendo organizado. Hoje à tarde (24) mais professores se reúnem no Sindicato dos Metalúrgicos de Passo Fundo para uma assembleia.
*Com informações de CMP Sindicato