Na última sexta-feira (25), o Executivo Municipal aderiu a uma sugestão feita pela Mesa Diretora da Câmara de Vereadores a respeito da proposta de reposição salarial aos servidores municipais previamente apresentada pela Administração. A ideia levada pelo Legislativo e aceita pela prefeitura trata de uma nova distribuição nas parcelas previstas, ficando em 3% a partir de 1º de março de 2022, mais 3% a partir de 1º de agosto de 2022 e mais 1% a partir de 1º de setembro de 2022.
Segundo a Mesa Diretora, a nova repactuação de parcelamento visa, por meio da reavaliação dos dados, contemplar um maior benefício para os servidores. O documento contendo a sugestão de modificação à reposição salarial foi enviado também nesta sexta (25), tendo seu pronto retorno pelo Executivo. A proposta original apresentava a distribuição em 2% (a partir de 1/3/2022), 3% (a partir de 1/8/2022) e 2% (a partir de 1/9/2022).
CMP Sindicato
O Centro Municipal de Professores de Passo Fundo (CMP Sindicato) realizou na tarde de hoje (28) um ato no Paço Municipal, enquanto era realizada a Sessão Plenária sobre o reajuste salarial dos servidores municipais.
A ação reuniu representantes de escolas do município com o intuito de pressionar o Legislativo para que intervenha junto ao Executivo e seja reaberta a mesa de negociação com os sindicatos. Segundo o diretor do CMP, Tiago Machado, a discussão do reajuste foi completamente vertical e fechada, sem considerar os 550 professores que rejeitaram por unanimidade as propostas apresentadas. “Dá a entender que o executivo está decidindo com a Mesa Diretora da Câmara de Vereadores”, destacou, acrescentando que o papel da Câmara seria da votação do projeto e não dos debates e negociações em torno do reajuste, que cabe essencialmente aos sindicatos.
A classe reivindica um reajuste de 42,76%, que é calculado com base no índice nacional do magistério, que subiu 33,24% no final de janeiro, somado à porcentagem necessária para equiparar o piso municipal ao piso nacional, já que hoje ele está abaixo do mínimo previsto pelo Executivo Federal. A proposta apresentada e encaminhada ao Legislativo contempla somente 7%. Conforme explicou Tiago, com essa reposição o executivo municipal ainda irá dever cerca de 26% para se aproximar dos 33,24% do índice nacional do magistério e 36% para chegar aos 42,76% que nivelaria os valores. “Nosso desejo e pressão é pela retirada do projeto e do regime de urgência. Não se justifica, já que a folha [de pagamento do mês de março] já fechou”, pontuou Tiago.
O Projeto de Lei segue em tramitação na Câmara de Vereadores e deve ser votado na quarta-feira. Na ocasião, o CMP Sindicato irá realizar uma assembleia para acompanhar a votação e continuar as reivindicações da classe.