Demanda por atendimento pediátrico aumenta 35,4% em Passo Fundo

Nestes primeiros quatro meses de 2022, já foram contabilizados quase 13 mil atendimentos

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A demanda por atendimentos pediátricos aumentou 35,4% em Passo Fundo. Em um diálogo com hospitais públicos e privados, Ministério Público e 6ª Coordenadoria Regional da Saúde, o Município buscou alternativas para absorver esse crescimento na busca pelos serviços de saúde voltados às crianças em um momento de pós-pandemia.

Se, em 2019, foram realizados 9,6 mil atendimentos em todo o ano, nestes primeiros quatro meses de 2022, já foram contabilizados quase 13 mil atendimentos, segundo estima o Poder Público Municipal.

A secretária de Saúde, Cristine Pilati, avalia que um dos principais fatores relacionados a esse volume de pessoas procurando o PAP. "Uma das medidas que tomamos recentemente é disponibilizar atendimentos para crianças a partir dos oito anos com doenças respiratórias no Cais Petrópolis. Porém, a maior procura é para crianças de zero a dois anos, que passaram a pandemia dentro de casa e passaram a estar expostas a doenças agora", considera.

Ainda de acordo com Cristine, a grande maioria dos atendimentos segue sendo para casos enquadrados como não urgentes. Em contrapartida, junto com o aumento da procura, também cresceram os casos graves. "Os atendimentos do PAP são divididos em quatro cores que indicam a gravidade: verde, azul, amarela e vermelha. E, embora a maioria seja verde ou azul, há também uma elevação da gravidade. Em 2020, por exemplo, recebemos 16 crianças com caso classificado em vermelho. Neste ano, já foram 194. E cada um desses casos necessita de cerca de uma hora de atendimento", afirma.

A secretária declara que, como alternativa para a descentralização dos atendimentos é que as pessoas busquem as unidades de saúde mais próximas dos seus domicílios. "O Pronto Atendimento recebe a população em todos os casos, mas tem a proposta de atender as situações que envolvem intervenções mais imediatas", salienta.


Emergência

É também consenso entre os hospitais que as emergências das instituições precisam ser destinadas aos casos graves e, por isso, os atendimentos que não demandam urgência são encaminhados para a rede municipal.

Confirme o diretor técnico do Hospital de Clínicas, Juarez dal Vesco, é importante que a população tenha esse entendimento. "É uma questão muito complexa e de difícil solução. Os hospitais são vistos pela população como solução imediata e acabam reduzindo a busca pelas unidades de saúde. Mas esses serviços de urgência e emergência servem para essas situações. O aumento da procura tira o foco da equipe para algo que não necessita de atendimento imediato, dispersa a qualidade dos serviços e coloca em risco pessoas em situações graves", justifica.

O prefeito de Passo Fundo, Pedro Almeida (PSD), considera que é importante haver a colaboração de toda a rede de saúde para o atendimento de crianças, principalmente, até a entrega do Hospital da Criança, prevista para acontecer entre os meses de junho e julho. "Estamos agora em um contexto que torna necessária a união para dar suporte aos atendimentos pediátricos", pontua.


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