Linhas da Coleurb devem começar a circular às 8h após paralisação por reajuste salarial

Trabalhadores estão reunidos em assembleia reivindicando 15% de aumento

Por
· 1 min de leitura
Foto: Arquivo/ColeurbFoto: Arquivo/Coleurb
Foto: Arquivo/Coleurb
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

As linhas dos ônibus da Coleurb devem começar a circular às 8h da manhã desta quarta-feira (11) após a paralisação dos trabalhadores reunidos em assembleia para reivindicar a reposição salarial da categoria.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Coletivo Urbano de Passo Fundo (SINDIURB), Luis Fernando Prichua, foi solicitado à empresa o reajuste da inflação do mês de fevereiro, de 10,8%, e mais 5% de aumento real. Dos 470 funcionários da empresa, 380 atuam como motoristas e cobradores.

Em nota, a concessionária reiterou as dificuldades financeiras atravessadas pelas empresas de transporte durante a emergência sanitária da Covid-19 com a redução no fluxo de passageiros que utilizam a frota coletiva para deslocamento no município.


Impacto dos custos

Mesmo com a retomada das atividades produtivas e o retorno da circulação da população neste ano, a média de passageiros transportados até abril é estimada em 30 mil passageiros cotidianos, o que representa cerca de 65% da quantidade de 2019.

Em paralelo à redução mencionada pela Coleurb, os insumos necessários para manter a frota circulando tiveram um aumento de preços. “O diesel, por exemplo, somente em 2022, teve reajustes de cerca de 47% nas refinarias, impactando gravemente na saúde financeira da empresa. Na terça-feira, 10 de maio, foi anunciado um novo reajuste, de R$ 0,40 por litro”, argumentou a empresa. 

Os custos adicionais também forçaram um endividamento da concessionária de transporte urbano nos últimos dois anos, período no qual a empresa recorreu a empréstimos bancários “de valores vultuosos”, conforme a Coleurb, para suportar os reajustes concedidos de 3,92% no salário-base dos funcionários em 2020. “Em 2022, o reajuste concedido pelo Poder Público à tarifa [cujo valor por passagem passou a ser R$ 5,50] nem de perto gerou o necessário equilíbrio entre receita e despesas. Atualmente, considerando o número de passageiros transportados e o custo da operação, a empresa ainda opera em prejuízo, mês a mês, mesmo após o reajuste tarifário”, enfatizou a Coleurb. 


Gostou? Compartilhe