Coleurb apresenta nova proposta e trabalhadores terão assembleia nesta terça-feira (31)

Com greve suspensa desde sexta-feira (27), categoria irá avaliar novas porcentagens de reajuste salarial

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Mediação entre a Coleurb e o sindicato está sendo feita no TRT4 em Porto Alegre. (Foto: Arquivo/Coleurb)Mediação entre a Coleurb e o sindicato está sendo feita no TRT4 em Porto Alegre. (Foto: Arquivo/Coleurb)
Mediação entre a Coleurb e o sindicato está sendo feita no TRT4 em Porto Alegre. (Foto: Arquivo/Coleurb)
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Ao aceitar suspender, na sexta-feira (27), o movimento grevista que afetou cerca de 30 mil passageiros no dia anterior, motoristas e cobradores da Coleurb se reúnem nesta terça-feira (31) para avaliar a nova proposta de reajuste salarial apresentada pela empresa na segunda-feira (30). 

Com mediação no Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4) em busca de solucionar a negociação coletiva com o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo (SINDIURB), administradores e sindicalistas estiveram reunidos durante a manhã de ontem.

Ao final, o desembargador vice-presidente do TRT4, Ricardo Hofmeister de Almeida Martins Costa, formulou uma proposta que alcança um meio-termo entre as posições da empresa e dos trabalhadores. Conforme ponderou a assessoria de imprensa da concessionária, apesar das dificuldades que o conteúdo da proposta vai gerar para a Coleurb, considerando a realidade econômica do transporte público da cidade, como forma de evitar maiores prejuízos à população e atender ainda que parcialmente os anseios dos seus colaboradores, a empresa vai cumprir a proposta construída pela Justiça do Trabalho se aprovada em assembleia. 


Nova proposta

De acordo com o documento formalizado no órgão judicial, em caso de aceitação por parte dos colaboradores, será concedido um reajuste total de 9%, sendo que 2% em maio de 2022; 2% em junho de 2022; 2% em julho de 2022; 1,8% em agosto de 2022; e 1,2% em janeiro de 2023, além de um aumento de cerca de 13% no vale-alimentação da categoria, totalizando R$ 600,00 mensais, a partir de março de 2022, sendo que as diferenças de março e abril serão pagas em junho e julho de 2022, respectivamente, sem a coparticipação em relação às diferenças.

O magistrado propôs, ainda, um abono indenizatório de 12,6% do salário-base, pago em 2 parcelas de 6,3% cada, uma junto com a folha de agosto, paga no início de setembro, e a outra com a folha de setembro, paga no início de outubro, com a retirada da pretensão de exclusão de cláusula do adicional de tempo de serviço para os novos empregados. “A empresa registra, ainda, que, na hipótese da aceitação da proposta do mediador, não descontará os dias 26 e 27 de maio em que ocorreu a paralisação das atividades por parte dos trabalhadores”, destacou a Coleurb através de nota. 

A assembleia do SINDIURB está programada para dois turnos, com primeira chamada às 5h15min e segunda às 5h45min. Portanto, pode ocorrer atraso no início da operação dos ônibus, conforme advertiu a Coleurb. 


Codepas

Também em fase de negociação salarial, os funcionários da Codepas chegaram a um acordo com a concessionária de transporte coletivo na sexta-feira (27). Conforme mencionou o dirigente da Conlutas, Arthur Bispo, por 105 a 15 votos, a categoria aprovou os 11,73% de reposição salarial parcelado em três vezes. “Existia a possibilidade de greve unificada entre as duas empresas e, apesar de só manter a inflação no acordo final, isso para nós é um avanço porque os acordos nos dois últimos anos foram muito ruins. Não foi garantido a retroatividade da data-base, os reajustes foram no ticket alimentação e não no salário”, considerou Bispo. 

Com isso, a Codepas irá conceder 4,73% de resposição na folha de junho, junto com o retroativo dos meses de abril e maio, que serão pagos no vale-alimentação de junho, além de 4% na folha de agosto; +3% na folha de outubro.

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