Migrantes terão atendimento preferencial na agência do Sine na quinta-feira (23)

Em Passo Fundo, três empresas estarão selecionando candidatos para vagas de emprego

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Agência do FGTAS/Sine em Passo Fundo abre às 8h e fecha às 17h durante a ação aos migrantes. (Foto: Arquivo/Agência Brasil)Agência do FGTAS/Sine em Passo Fundo abre às 8h e fecha às 17h durante a ação aos migrantes. (Foto: Arquivo/Agência Brasil)
Agência do FGTAS/Sine em Passo Fundo abre às 8h e fecha às 17h durante a ação aos migrantes. (Foto: Arquivo/Agência Brasil)
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Os migrantes que residem em Passo Fundo terão atendimento preferencial na agência da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS/Sine) na quinta-feira (23) durante uma ação junto a outros 28 escritórios do órgão para celebrar a 3ª Semana Estadual do Migrante.

Segundo explicou o coordenador local do FGTAS/Sine, Sérgio Ferrari, três empresas estarão recebendo currículos e realizando entrevistas com os candidatos para postos de trabalho formais na indústria e no comércio passo-fundense. “São vagas para as quais não precisa ter especialização porque, por mais que eles tenham uma formação, precisam ter a validação do Ministério da Educação. Nós também fizemos uma cartilha, traduzida em mais de um idioma, com orientações para que eles saibam a quem buscar em caso de alguma necessidade”, afirmou. 

Apesar do quantitativo de ofertas laborais que serão disponibilizadas aos estrangeiros durante o atendimento especial ainda estarem sendo definidas pelos empregadores, o que deve ser feito nesta quarta-feira (22) de acordo com Ferrari. O coordenador do FGTAS/Sine de Passo Fundo chama a atenção para um novo comportamento dessa força de trabalho. “Só neste ano, mais de 4 mil pessoas foram do Rio Grande do Sul para os Estados Unidos com a reabertura das fronteiras. Eles não conseguem mais enxergar o Brasil como um país em que eles consigam ficar para mandar dinheiro para as famílias, estão conseguindo apenas se manter aqui”, observou Ferrari. “Acredito que, falando nos próximos meses, nós vamos ter um quadro completamente diferente dessa questão do migrante aqui em Passo Fundo”, prosseguiu ao mencionar a ausência de laços com o município como uma das justificativas para o deslocamento contínuo dos trabalhadores. 

Durante a ação na agência, ponderou o coordenador, o atendimento também se mantém para os demais moradores que estão em busca de uma oportunidade ou recolocação no mercado de trabalho. “Há uma preocupação com esse público migrante que vem aumentando cada vem mais em cidades pequenas e nos grandes centros”, considerou Ferrari. "O que que se faz com todas as ações é justamente achar um posto de trabalho para que ele possa trabalhar dignamente com carteira assinada e com todos os direitos assegurados pela CLT”, ressaltou. 

Nos quatro primeiros meses deste ano, as empresas passo-fundenses contrataram 3,1 mil novos empregados e desligaram mais de 3 mil colaboradores dos seus quadros de funcionários, segundo o monitoramento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) atualizado na terça-feira (21), encerrando o período com um saldo positivo de 88 postos laborais. Com mais mulheres incorporadas, sobretudo no comércio local, os trabalhadores do sexo masculino foram os mais afetados pelos cortes na folha.

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