Festival de Folclore: apresentações nas escolas aproximam as comunidades dos grupos

Na terça-feira (9), o Bairro Zachia recebeu os grupos da Catalunha, Paraguai e Paraíba

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Em meio ao público, Murilo, de cinco anos, estava atento às danças dos grupos da Catalunha, Paraguai e Paraíba, que foram realizadas na Escola Municipal de Ensino Fundamental Guaracy Barroso Marinho na terça-feira (9). Ele registrava em um celular fotos e vídeos das apresentações e das reações dos seus amigos e, depois, dançava as coreografias.

Para a mãe, Daiane Samudio, de 32 anos, o momento foi muito especial. “O Murilo é autista e, geralmente, não gosta de barulho e movimentação de pessoas. Nós estávamos em dúvida se viríamos por causa disso, mas superamos todas as expectativas. Estamos muito felizes por ter recebido o festival aqui na escola”, contou.

Levar o XV Festival Internacional de Folclore de Passo Fundo para os bairros foi uma iniciativa da Prefeitura para facilitar o acesso das comunidades às apresentações. Dentro de um calendário, quatro escolas – Guaracy Barroso Marinho (Zachia), Notre Dame (Boqueirão), Romana Gobbi (Loteamento Santo Antônio) e Eloy Pinheiro Machado (Leonardo Ilha) – são palco dos espetáculos, abertos e gratuitos à população. Além disso, intervenções acontecem em outros espaços públicos, como no Parque da Gare e na Rua Morom, no Centro.

Murilo, de cinco anos, fotografando as apresentações. Foto: PMPF


De acordo com a secretária de Cultura, Miriê Tedesco, a divisão da cidade em quatro quadrantes aproxima as comunidades das manifestações culturais. “Há a expansão das atividades para além de um local exclusivo, como era anteriormente. As pessoas podem aproveitar o festival em suas regiões, sem grandes deslocamentos. Há pessoas que nunca viram um desfile e, levando isso para os bairros, possibilitamos que elas tenham essa oportunidade”, afirmou.

A diretora da escola Guaracy Barroso Marinho, Leila Regina Gallina, enfatizou como a mudança foi importante para a população de Passo Fundo, sobretudo, para as pessoas que não poderiam custear os eventos. “Para a comunidade, foi maravilhoso. Se não viesse aqui, boa parte dos moradores não poderia ir, porque não pode pagar ingressos e o transporte. As crianças estavam muito empolgadas para ter esse contato com grupos de outros estados e países”, salientou.

Os estudantes aproveitaram a oportunidade para conversar com integrantes dos grupos e conhecer mais sobre a sua cultura. Kauê Gabriel Fochi, de 14 anos, e seus amigos conversaram com os catalães após a apresentação. “Achei muito legal. Falamos sobre muitas coisas, como o futebol, o Neymar e o Messi”, disse.


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