Recepcionar artistas e agentes culturais de diferentes nacionalidades e regiões, compreender suas necessidades e auxiliá-los na adaptação aos costumes locais são tarefas que demandam esforço, compromisso e disponibilidade. Por isso, neste XV Festival Internacional de Folclore, além dos grupos folclóricos e étnicos que integram a programação, há outra equipe protagonista da atividade: os voluntários.
Para a secretária de Cultura, Miriê Tedesco, “os voluntários, junto com os grupos artísticos e folclóricos, são a verdadeira alma do Festival Internacional de Folclore”. Desde que a XV edição do evento começou a ser formatada, a organização do Festival tem direcionado um agradecimento especial a equipe de 87 pessoas que se somou, voluntariamente, a recepção e acompanhamento dos artistas internacionais e de outros estados brasileiros que estão em Passo Fundo, de acordo com a assessoria de imprensa da PMPF. “Se existe uma lição nestes 30 anos de festivais, essa lição se chama voluntários. Desde a primeira edição essa ideia foi implantada pelos criadores e nunca mais se pode imaginar um evento desses ocorrendo sem eles”, afirmou Miriê.
A importância destes trabalhadores voluntários também é valorizada pelo prefeito, Pedro Almeida, que participou de um dos encontros de preparação para a semana intensa de atividades culturais, iniciada na quinta-feira, 04 de agosto, e que se estende até esta sexta-feira (12). “Reconhecemos o quanto eles são fundamentais para garantir a boa acolhida aos participantes do Festival Internacional de Folclore, auxiliando em diversos momentos os grupos pela cidade, representando muito bem o que Passo Fundo tem de melhor para ser mostrado”, apontou Pedro.
Representar bem Passo Fundo para o mundo é um dos motivos, aliás, que fez com que Tobias Piton Fontana se voluntariasse mais uma vez para trabalhar no Festival. “A primeira vez que me inscrevi como voluntário foi em 2012. Tenho uma ligação com a dança e com as artes, então gosto de estar inserido neste cenário. Agora, com a retomada do Festival e a oportunidade de conhecer novas culturas e apresentar nosso município para os outros países, eu não poderia deixar de participar”, contou ele, destacando que estar nos bairros e mais próximo da comunidade tem sido interessante para todos os envolvidos com o evento. “A gente sente uma acolhida muito afetuosa nas escolas e nos bairros. Com certeza foi uma decisão acertada me voluntariar mais uma vez”.
Novas experiências
A estudante Luísa de Albuquerque, 18 anos, ficou entusiasmada para poder exercitar um segundo idioma no Festival. “Me inscrevi para ser voluntária porque queria experimentar a conversação na prática em espanhol. Mas, estou aprendendo muito mais do que um idioma. Acompanhando o Chile, estou percebendo como é importante valorizar as diferentes manifestações culturais, respeitando o que os povos produzem e transmitem. Cada dia é um ensinamento diferente”, afirmou ela.
Luísa contou que a interação entre os artistas chilenos e a comunidade nos bairros também tem sido muito afetuosa. “Eles prestam atenção no que as pessoas estão dizendo, buscam aprender o idioma e interagem muito nas escolas. É uma experiência que está sendo importante tanto para eles quanto para nós, passo-fundenses”, revelou.
Um dos responsáveis pela logística e transporte de todos os grupos pela cidade, o voluntário Rodrigo do Amaral não é iniciante nos festivais. “Eu participei em algumas edições dançando no CTG. Sempre quis ter a experiência do voluntariado, mas não conseguia conciliar o tempo. Nesta edição, quando a Prefeitura abriu o cadastro eu decidi me inscrever para poder ajudar na organização. E tem sido muito bom. Acompanho os grupos pela cidade inteira e em cada bairro a recepção da comunidade tem deixado todos muito felizes. Poder assistir a animação das pessoas depois de dois anos de pandemia tem sido um privilégio”, resumiu.
