Leilão de bens de Dal Agnol tem 10 lotes arrematados

Nova rodada está marcada para 13 dezembro com outros 37 lotes

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Foto: Isabel Gewehr/ONFoto: Isabel Gewehr/ON
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O terceiro e maior leilão envolvendo bens do advogado Maurício Dal Agnol, realizado ontem (1º), teve 10 lotes vendidos e um valor de R$ 5.6 milhões arrecadados. O volume foi considerado excelente pela leiloeira Joyce Ribeiro, sendo que uma segunda rodada está agendada para o dia 13 de dezembro, no formato 100 eletrônico e com desconto de 50% parcelados em 30 vezes. 

Nesta leilão estão sendo ofertados 47 lotes (10 deles vendidos ontem), avaliados em R$ 106.9 milhões. A maior parte dos valores arrecadados deve ser destinada para pagamento da dívida fiscal, que já ultrapassa R$ 50 milhões. Como parte dela já foi quitada com o dinheiro dos últimos leilões, a expectativa é de que haverá valores para pagamento de parte das indenizações dos ex-clientes. 


“Essa Leiloeira Oficial está rigorosamente em dia com suas atribuições laborais”

A leiloeira Joyce Ribeiro, responsável pelo Leilão Judicial da Vara Federal em Passo Fundo, que ocorreu ontem e do próximo, marcado para 13 de dezembro, envolvendo bens imóveis de Maurício Dal Agnol rebateu as críticas feitas pela defesa do advogado em entrevista ao ON, de que não preencheria os requisitos legais para realização dos leilões. 

Joyce afirma ser leiloeira profissional e tem suas atividades reguladas em lei federal, sendo fiscalizada pela Junta Comercial do Rio Grande do Sul, que é o órgão público que concede a matrícula para atuação aos Leiloeiros Oficiais.

“Essa Leiloeira Oficial está rigorosamente em dia com suas atribuições laborais, conforme pode-se verificar no site da Junta Comercial do Estado – JUCISRS, não havendo quaisquer pendências ou irregularidades que possam macular sua postura profissional, atuante há 15 anos no ramo da leiloaria no Estado do Rio Grande do Sul, sempre com lisura, transparência e eficiência, alcançando altos índices de solução dos processos”, diz a nota, complementando ter sido nomeada para realização dos leilões de Maurício Dal Agnol pela atuação em aproximadamente 15 mil processos.


Avaliação dos imóveis

Sobre o pedido de anulação e suspensão das vendas judiciais dos bens de Dal Agnol, o qual segundo a defesa, estariam subavaliados, Joyce afirma que as avaliações foram feitas por Oficial de Justiça, que possui fé pública, e capacidade plena de realizar as avaliações.

 “As avaliações, foram feitas com base no valor de mercado dos imóveis, algumas inclusive, no meu entendimento, estão acima do valor de mercado, como é o caso da Sede deles por exemplo, que apesar de muito bonita, e mesmo com 50% de desconto, está acima do que custaria para fazer um prédio novo, talvez mais modesto, mas com a mesma finalidade. Prova disse é que não foi vendido, mesmo tendo vários interessados. Neste leilão por exemplo, vários clientes, inclusive corretores disseram que alguns imóveis estão com valor acima de mercado. Provavelmente o maior motivador para que nenhum dos imóveis tivesse recebido lance até o momento pelo valor da avaliação”, afirmou. 

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