Serviço de Hemoterapia do HSVP registra alta de 14% nas doações de sangue

Estoques de sangue para o início de ano seguem estáveis se comparados aos de 2022

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Ana Paula Koenemann/Comunicação HSVPAna Paula Koenemann/Comunicação HSVP
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O Hemopasso e o Serviço de Hemoterapia do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) sinalizaram a normalização das doações de sangue considerando os primeiros 15 dias de 2023. Mesmo após as festas de final de ano e o período de férias em andamento, não houve registro de baixa crítica nos estoques. O HSVP apontou o crescimento de 13,5% nas doações comparado ao mesmo período do ano de 2022.

 

Final de ano

Entre janeiro e fevereiro a demanda por hemocomponentes, sangue e plasma, aumenta no sentido contrário ao número de doações. “Nesta época há um registro maior de acidentes de trânsito com vítimas que podem precisar de transfusão com urgência. E ainda existem pessoas em tratamento oncológico e as cirurgias cardíacas que recebem sangue rotineiramente”, pontua a gestora e responsável técnica do Serviço de Hemoterapia do HSVP, Dra. Cristiane da Silva. “Por isso, cada doação é fundamental para que possamos manter os nossos estoques em dia”, alerta ela.

No Hemocentro Regional de Passo Fundo, o Hemopasso, a redução significativa de doadores de sangue aconteceu na primeira semana de 2023, enquanto na Hemoterapia do HSVP os 15 dias que antecederam as festas de final de ano foram os mais graves, com a queda de 50% no número de coletas. “Sabemos que muitas pessoas viajam, mas ainda tem bastante gente que tira um tempinho para descansar mesmo na cidade. Então, é um ótimo momento para as famílias, pais e filhos adolescentes, realizarem juntos uma doação de sangue”, pontua Dra. Cristiane.

 

Manutenção dos estoques

Mesmo com esse cenário em perspectiva, o Hemopasso e o serviço do HSVP afirmam que os estoques não foram impactados nas últimas semanas. Isso, muito relacionado às campanhas de captação de doadores realizadas antes das férias. “O nosso objetivo, no início de dezembro, foi o de mobilizar os doadores a fazerem um agendamento prévio de grupos”, esclarece a gestora, pontuando que são necessários, diariamente, 80 candidatos para manter a média ideal de 60 coletas no HSVP. “Até o momento, estamos conseguindo atender a demanda transfusional das unidades do Hospital São Vicente de Paulo, que neste ano foi de 1.600 transfusões por mês”, completa Dra. Cristiane da Silva.

No Hemopasso são necessários entre 40 e 50 doadores diários para manutenção dos estoques de sangue. “Agora, nenhum tipo sanguíneo está em falta no hemocentro, todos estão regulares. Fizemos um trabalho bastante intenso em novembro e dezembro, no entanto, estão acontecendo muitos acidentes, então hoje podemos estar no verde, mas amanhã podemos estar em um estado desesperador”, alerta a coordenadora de captação de doadores do Hemopasso, Alexandra Mazzoca. “Pedimos que as pessoas tenham mais consciência nas estradas, deixem de usar o celular, usem o cinto de segurança. Se cuidem, porque essa época é particularmente mais complicada por causa disso”, acrescenta.

 

Crescimento pós-pandemia

No Serviço de Hemoterapia do HSVP, agora, nos primeiros dias de 2023, a média diária é de 60 candidatos a doação de sangue, com 57 coletas efetuadas. Segundo a gestora e responsável técnica do serviço, Dra. Cristiane da Silva, esse número representa o aumento de 13,5% nas doações de sangue em relação ao mesmo período de janeiro de 2022.

No início de 2022, Passo Fundo enfrentou uma grave onda de casos de Covid-19, que afetou em cerca de 50% o número de doações, tanto no Hemopasso quanto no Serviço de Hemoterapia do HSVP, com o déficit principal nos tipos sanguíneos O positivo e O negativo. Conforme relembra a coordenadora Alexandra, este período representou uma drástica baixa nos estoques, o que trouxe bastante dificuldades para o hemocentro, que atende 47 hospitais e mais de 150 municípios da região. “Ano passado tivemos muitas limitações. Se analisarmos, por causa da pandemia de Covid-19, nos dois últimos anos, os nossos janeiros foram bem mais preocupantes”, pontua.

Isso é explicado porque desde o início da pandemia, por determinação da Anvisa e do Ministério da Saúde, os pacientes contaminados com a doença ou que tiveram algum contato com pessoas positivadas deveriam aguardar 30 dias para doar sangue. Após a medida ser atualizada em janeiro de 2022, o tempo de espera dos pacientes para doação foi reduzido a 10 dias após a cura.


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