Passo Fundo fecha 2022 com saldo positivo na geração de emprego

Balanço entre as admissões e desligamentos mostra que a cidade teve um saldo positivo de 3.374 vagas

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Os dados do Novo Caged, relativo ao mês de dezembro de 2022, divulgados na terça-feira (31) mostram o balanço entre as admissões e desligamentos de trabalhadores com carteira assinada em todas as cidades brasileiras. Os índices revelam que Passo Fundo fechou 2022 com um saldo positivo na geração de empregos. De janeiro a dezembro de 2022, foram registradas 36.776 admissões e 33.402 desligamentos, totalizando um saldo positivo de 3.374 vagas geradas.

Entre os setores que se destacaram durante o ano passado, está o de Serviços, com 17.237 admissões, 14.933 desligamentos, gerando um saldo positivo de 2.304. Por outro lado, houve setores da economia que demitiram mais do que contrataram, é o caso da Agropecuária, que admitiu 212 pessoas, e demitiu 235, gerando um saldo negativo de 23 empregos.

Mais mulheres no mercado

Na classificação por gênero, as mulheres levaram vantagem em relação aos homens. Elas foram responsáveis por 17.501 admissões e 15.680 desligamentos, gerando um salto de 1.821, contra um saldo de 1.553 dos homens.

Dezembro

Mesmo com um saldo positivo durante o ano de 2022, os dados, quando analisados mês-a-mês, mostram que há períodos em que Passo Fundo demite mais do que contrata. Em 2022 foi o caso de abril, maio e dezembro.

Os dados recortados especificamente do último mês do ano mostram 1.079 admissões, 1.275 desligamentos, gerando um saldo negativo de 196 vagas. O setor de Serviços foi o único que fechou o mês com saldo positivo. Outros setores como Comércio, Construção e Indústria fecharam com saldo negativo. A Agropecuária teve o mesmo número de admissões e desligamentos.

 

Passo Fundo em um ciclo positivo

O coordenador da agência FGTAS/Sine de Passo Fundo, Sérgio Ferrari, explica que o momento para geração de emprego em Passo Fundo é bastante positivo. O fato de dezembro ter fechado no negativo, segundo ele,  se justifica especialmente pelo planejamento interno das próprias empresas. “Muitas empresas concedem férias coletivas neste período, e outras passam por um momento de transição no final do ano”, diz ele. Além disso, algumas das vagas geradas no último período são chamadas de “safristas”, geradas por um curto período de tempo, e contratos que se encerraram no final do ano.

Brasil

Segundo Ferrari, o Brasil viveu um período difícil para a geração de emprego a partir de 2014, e isso se refletiu em Passo Fundo. Entretanto, a cidade conseguiu se recuperar de forma muito rápida, especialmente a partir de 2017. Porém, a pandemia de 2020 fez com que a média de empregos geradas fosse novamente negativa. Mas, novamente a partir de 2021 os dados mostram que Passo Fundo empregou mais do que demitiu. “A cidade gerou números positivos por dois anos seguidos”, comemora ele.

Atualmente somente na agência do FGTAS/Sine de Passo Fundo estão disponíveis mais de 230 vagas de emprego para contratação imediata.

 

Qualificação

Ferrari diz que a palavra de ordem para quem quiser ocupar uma vaga de emprego na cidade é “qualificação”. Ele comenta que o número de vagas ocupadas por pessoas analfabetas, ou com apenas o ensino fundamental, é muito baixo. “A grande maioria das vagas é exigido, no mínimo, o ensino médio completo”, comenta.

O fato de Passo Fundo ser uma cidade polo na região, faz com que muitas pessoas cheguem na cidade em busca de atendimento em saúde e também em educação. Porém, essa característica faz com a cidade se torne uma referência regional em empregabilidade. Ferrari comenta que é muito comum pessoas de outras cidades, muitas vezes com boa qualificação, virem a  Passo Fundo disputar vagas de emprego com moradores locais.

Neste contexto, Ferrari diz que a única garantia para conquistar uma vaga aberta é buscar uma qualificação. “Há muitas opções para se qualificar na cidade, inclusive de forma gratuita, quem não buscar, vai precisar aceitar salários mais baixos, ou subemprego, que geralmente não oferecem os direitos fundamentais, que acabam colocando em vulnerabilidade toda uma família”, comentou ele.

Também é fundamental, acrescenta,  que as pessoas façam o ensino médio, ou procurem o Sistema S, Escola das Profissões, Instituto Federal, ou qualquer outra instituição para se qualificar. Ele enfatiza que na grande maioria dos casos, o trabalhador pode fazer um curso técnico ou melhorar sua escolaridade totalmente de graça, basta tomar a decisão. “Isso também melhora o índice de vagas ocupadas lá frente”, finaliza. 


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