Passo Fundo começou o ano de 2023 empregando mais do que demitindo. Os dados foram apresentados na última semana, com a divulgação do Novo Caged, referente ao mês de janeiro. No total, durante os 31 dias do mês, aconteceram 3.240 admissões e 2.967 desligamento, o que gerou um saldo positivo de 273 vagas.
Setores como a Agropecuária, Indústria e Construção, não tiveram grande influência neste aumento, pois somados as contratações e demissões, os números se equivalem. Os destaques positivos foram os setores do comércio, que gerou 82 vagas; e serviços, 191 vagas.
Em relação ao gênero, os homens tiveram maior espaço no mercado de trabalho. O salto positivo para eles foi de 395 vagas, enquanto que para as mulheres o saldo foi negativo em 122 vagas.
Cenário Positivo
O coordenador da FGTAS/Sine Passo Fundo, Sergio Ferrari, comemorou os números de Passo Fundo. Ele diz que as perspectivas para este ano são muito positivas e, que cada vez mais, a cidade se torna referência para toda a região norte do Estado, abrangendo mais de 80 municípios e mais de 1,5 milhão de pessoas. “Antes da pandemia tínhamos na cidade entre 20 a 30 mil pessoas de fora que vinham para cá todos os dias, e isso acaba refletindo, pois são pessoas que consomem aqui e vêm buscar algum serviço na cidade”, explica.
Para Ferrari, a última década está sendo muito boa para a cidade. Mesmo durante a crise de emprego no país, entre os anos de 2015 e 2016, Passo Fundo foi uma das primeiras cidades a reverter o déficit na empregabilidade. Em 2021 a cidade foi a quarta cidade que mais gerou empregos no Estado, e se consolidou como a sexta economia gaúcha. Situação que se repetiu em 2022. Para ele, são diversos fatores convergindo para tornar o município referência regional em empregabilidade. “Passo Fundo ultrapassou R$ 1 bilhão de arrecadação; temos mais de 80 prédios sendo construídos, e mais de 500 imóveis em construção; comércio abrindo; e desenvolvimento de projetos que ficaram encubados durante a pandemia”, diz Ferrari.
Boas Perspectivas
Para Ferrari, os número do começo de 2023 não são uma surpresa, e isso já vinha sendo projetado no ano passado, pelo alto número de vagas disponíveis na agência do FGTAS/Sine. Um levantamento interno do órgão mostrou que entre as cem cidades com mais de cem mil habitantes no Brasil, Passo Fundo ficou na 87º posição em geração de emprego.
Para Ferrari, o começo do ano é sempre atípico, em decorrência das férias. O balaço final do começo do ano será fechado quando chegarem os números de fevereiro, que podem confirmar a boa projeção para o restante do ano.
Qualificação
Mesmo com a geração de empregos, para Ferrari, Passo Fundo ainda está com um PIB baixo, pois a média salarial de metade dos 66 mil trabalhadores com carteira assinada é de até R$ 2 mil. Para ele, isso acontece porque os grandes empregadores são da área de serviço e comércio, que é a matriz de Passo Fundo. Esta é uma realidade que pode mudar na medida que outros setores começarem a empregar mais. “Por isso, temos que cada vez mais lutar por indústrias, que empregam pessoas mais técnicas, com uma mão de obra mais especializada e que acabam recebendo um salário maior. Isso faz aumentar a renda do trabalhador”, disse ele.
Outro fator importante é a qualificação profissional. “Termine o ensino fundamental ou médio, faça um curso de profissionalização, que é gratuito. Quem buscar qualificação e fazer um curso superior, vai voltar muito bem ao mercado, e quem já está empregado vai aumentar a sua renda”, destacou.
Atualmente a agência de Passo Fundo do FGTAS/Sine está com 200 vagas em aberto.
