Vigilância Ambiental confirma sete casos de dengue no município

Seis registros são autóctones, casos estão na Vila Luiza, Centro, Santa Maria e no bairro Petrópólis,

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A preocupação com a proliferação do mosquito transmissor da dengue, o Aedes Aegypti, cresce nesta época do ano, pois as condições climáticas são propícias para a infestação do mosquito. Somente na cidade de Passo Fundo, já foram registrados em 2023 sete casos da doença, sendo seis deles autóctones (contraídos no próprio município). No mais grave, um paciente precisou ficar internado, mas já recebeu alta e segue em observação médica.

 

A chefe do Núcleo de Vigilância Ambiental em Saúde, Ivânia Silvestrin, explica que o município mantém uma fiscalização para combate ao mosquito durante todo o ano, porém, esta é época que começam a aparecer os casos positivos. “É uma característica da nossa região que nos meses de março e abril nós tenhamos mais casos de dengue, isso acontece pelas características climáticas locais”, diz ela. Em condições favoráveis, os ovos do Aedes Aegypti podem durar na natureza por até 450 dias, como a região passou um longo período sem chuvas, e agora voltou a chover, os ovos tiveram contato com a água e começaram a se desenvolver. “Nesta fase estamos com uma população de mosquitos bem grande na cidade”, explica.

Além dos confirmados, ainda há casos suspeitos. O município aguarda o retorno dos exames enviados para o Laboratório Central do Estado (Lacen), e que podem elevar o número nos próximos dias.

 

 

Infestação

Segundo os dados do Núcleo, há registro do mosquito transmissor em todos os bairros da cidade, e desta forma, é necessário é que a população auxilie no combate, especialmente eliminando os locais propícios à reprodução.

 

Se comparado com 2021, os números deste anos são considerados baixos. No mesmo período daquele ano haviam 56 casos confirmados, porém, Ivânia destaca que naquela época aconteceu uma situação em uma região específica do bairro Lucas Araújo. Ela enfatiza que os sete casos registrados até o momento trazem grande preocupação, pois indica que o vírus está circulando no município. “É um numero significativo, em anos anteriores a 2021, eram registrados entre 1 e 2 casos de dengue, a maioria deles importados, mas especialmente a partir de 2019 percebemos que são casos contraídos no município”, destacou.

 

 

Combate

O Núcleo de Vigilância Ambiental em Saúde segue as normas de combate da Secretaria Estadual da Saúde. Sempre que há um caso confirmado, a Vigilância faz uma Pesquisa Vetorial Especial em todo o quarteirão, em seguida estende os trabalhos para um um raio de 150 metros. Nas proximidades de casas onde moram pessoas positivadas e nos locais onde foram localizadas as larvas é realizada a pulverização.

Para evitar a transmissão a melhor forma de combater é evitar que o mosquito transmissor se reproduza. “Neste momento de poucas chuvas, muitas pessoas acabam guardando água em recipientes para reutilizar, é importante guardar água neste período de estiagem, mas tem que ser acondicionada de uma forma correta, especialmente com tela”, diz Ivânia. Outros cuidados são condicionar lixos em local correto; manter caixas d'água bem vedadas; descartar pneus no Ecoponto; tonéis de água da chuva devem ficar bem vedados com tampa e tela e não deve ser guardados por mais de cinco dias; não usar pratinhos em plantas; e garrafas devem ser colocadas com a boca virada para baixo.

 

 

Denúncias

Moradores que queiram denunciar locais onde há depósito com materiais que podem servir de facilitador de reprodução do mosquito, podem fazer pelo telefone (54), 3046-0073 ou pelo WhatApp (54) 99654-1444. Ivânia destaca que caso for possível, a pessoa que denunciar deve enviar fotos, desta forma, o procedimento acontecerá de forma mais ágil. 

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