Os trabalhadores do transporte coletivo urbano de Passo Fundo realizaram uma assembleia no final da tarde de segunda-feira (5), onde decidiram pela greve da categoria. A paralisação deve iniciar em um prazo de 72 horas, caso não aconteça um acordo neste período entre as empresas Coleurb e Codepas, responsável pelo transporte no município.
Se o acordo não for firmado, além do transporte público, a greve deve afetar ainda a coleta de lixo e a fiscalização do estacionamento rotativo pago, na área central de Passo Fundo.
A mobilização dos trabalhadores iniciou ainda pela manhã de ontem, com uma assembleia, que acabou atrasando a saída dos ônibus da garagem. O ato reuniu aproximadamente 150 trabalhadores do setor.
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo de Passo Fundo (Sindiurb), Luiz Prichua, a categoria defende reposição salarial de 5,73% mais 1,79% pendente do ano anterior, para os trabalhadores da Coleurb. Já os trabalhadores da Codepas pedem uma reposição salarial de 4,7% , ambos os valores são referentes ao acumulado da inflação do último ano.
Reunião
Ainda na tarde de sexta-feira (02), a Coleurb e o Sindicato se reuniram para tratar do dissídio coletivo, quando a empresa sinalizou que faria uma proposta econômica de reajuste salarial assim que houver a definição do valor e dos prazos de recebimento do subsídio do município, no valor de R$ 9 milhões, em um período de 12 meses. Neste momento, o repasse às empresas de transporte coletivo da cidade segue indefinido, pois o projeto de lei retornou à Câmara de Vereadores para nova apreciação após o veto parcial do Poder Executivo. Por isso, Coleurb e Sindiurb se reuniram com o presidente da Câmara, Alberi Grando, nesta segunda-feira (05), para verificar o andamento do processo.
Em nota, a Coleurb ponderou que compreende a necessidade de recomposição salarial, contudo, não pode apresentar os termos enquanto o subsídio não for repassado pelo Poder Público. Só assim, com responsabilidade, poderá dar sequência à negociação. "Operamos com prejuízo desde 2020, e o quadro permanece inalterado neste ano. Porém, acreditamos que há espaço para o consenso tão logo finalize a tramitação junto ao Poder Público Municipal", explica a diretora-presidente da Coleurb, Paula Bulla.