SESSÃO PLENÁRIA

Por
· 3 min de leitura
Votações aconteceram na sessão de segunda-feiraVotações aconteceram na sessão de segunda-feira
Votações aconteceram na sessão de segunda-feira
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

Reunidos em nova Sessão Plenária, na tarde de segunda-feira (17), os vereadores analisaram dois vetos do executivo, além de votarem outras duas matérias durante a Ordem do Dia.

O primeiro veto total apreciado é referente ao Projeto de Lei de autoria da vereadora Eva Valéria Lorenzato (PT), que institui a Política Municipal de Segurança Alimentar de Passo Fundo, suas definições, princípios norteadores, diretrizes e objetivos. Como justificativa para o veto, o Executivo apontou que a elaboração dessa política é uma das atribuições do Conselho Municipal de Segurança Alimentar-COMSEA, e que o PL “violou” essa função.

 Na Sessão, no entanto, o líder do governo na Câmara, Gio Krug (PSD), se posicionou favorável à derrubada do veto, citando que conversou com o poder executivo, constatando-se que não houve o vício de iniciativa. Além disso, “o artigo sétimo da legislação diz que, da forma que couber, cabe ao executivo aderir. Sendo um programa tão importante, não podemos deixar passar em branco, e que possamos construir políticas públicas de qualidade para todos”, pontuou.

Após essa manifestação na tribuna, a autora da proposição reforçou que “diante dessa fala, se a base pede a derrubada, estou contemplada”. Assim, o veto acabou derrubado por 20 a 0. A matéria  foi construída em conjunto com a Frente Parlamentar de Combate à Fome, que atuou na Câmara e tem entre suas diretrizes a reativação do próprio COMSEA, o apoio à agricultura familiar, à geração de trabalho e renda, especialmente por meio da Economia Solidária, além da promoção da educação alimentar e nutricional.

Transparência na educação

O segundo veto total apreciado foi ao Projeto de Lei de autoria do vereador Ernesto dos Santos (PDT), que institui o Portal de Transparência da Educação, no âmbito do Município de Passo Fundo, e dá outras providências. O Executivo considerou que “o presente Projeto de Lei apresenta flagrante vício de iniciativa, uma vez que, cria atribuições às repartições públicas municipais, em especial à Secretaria Municipal de Educação”, além de indicar que o Município já disponibiliza em seu Portal da Transparência às atribuições imputadas na matéria.

Ernesto solicitou apoio para a derrubada do veto, “que não é um pedido nosso, mas sim da nossa comunidade, dos pais, que sofrem com a falta de vagas na rede municipal e de transparência”, disse, ao expor reportagens sobre o assunto.  Por meio do projeto, o vereador determina que o Portal de Transparência da Educação divulgue informações como a quantidade de matrículas do ano anterior e do ano em curso; o número de vagas disponíveis na rede municipal de ensino, disponibilizadas em um quadro geral e em quadros por escola e/ou zoneamento; o número de alunos na lista de espera, dentre outros detalhes. Amplamente discutido, o veto acabou rejeitado pelo Plenário com a votação de 16 a 5.

Homenagem

Ainda durante a Ordem do Dia, os vereadores aprovaram por unanimidade o Projeto de Lei da vereadora Eva Valéria Lorenzato (PT), denominando de "Ernesto Antonio Dal Amaria" a praça localizada na Rua Mário Braga Júnior, esquina com as Ruas Lomas Valentinas e Zélia Neto, no Loteamento Ivo Ferreira. No texto, a parlamentar cita que Ernesto Antonio Dal Amaria, morador antigo do Loteamento, incentivou a construção da referida praça, possibilitando que a área pudesse ser usufruída pela comunidade local, como espaço de lazer, convivência e para a prática de exercícios físicos. Nascido em Guaporé, em 1928, faleceu em Passo Fundo, em 22 de fevereiro de 2012.

Regramento para as frentes parlamentares

Também foi aprovado por unanimidade o Projeto de Resolução da Mesa Diretora, que dispõe sobre as Frentes Parlamentares na Câmara de Vereadores de Passo Fundo, com emendas modificativas da Comissão de Constituição e Justiça. Atualmente, inexiste regramento acerca do tema no Legislativo, o que faz com que as denominadas frentes parlamentares acabem por ser criadas com a utilização da forma das comissões especiais.

As frentes parlamentares têm como objetivo sugerir políticas públicas em nível municipal, estadual e nacional; ouvir a sociedade mediante os mais diversos instrumentos de participação dos cidadãos e entidades da sociedade civil; realizar seminários ou atividades afins de estudos.

Dentre os regramentos estabelecidos pelo texto, fica definido que a criação de frente parlamentar dependerá de requerimento assinado pelo número mínimo de sete vereadores, que a integrarão, do nome que será utilizado pela frente e do tempo de duração, que não pode exceder seis meses ou o término do mandato – há previsão para prorrogação. Também estabelece que é vedado o funcionamento simultâneo de mais de três frentes parlamentares, como também a criação de frente parlamentar para tratar de matéria foco de comissão especial em funcionamento ou já aprovada; além de outros pontos.

 

Foto Comunicação Digital/ CMPF


Gostou? Compartilhe