Motoristas e agricultores pedem a benção a São Cristóvão

Organização da 62ª edição conta com aproximadamente 300 voluntários

Por
· 1 min de leitura
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

Um grupo formado por centenas de motociclistas foi o primeiro a receber as bênçãos na 62º Festa em honra ao Agricultor e ao Motorista, também conhecida como Festa de São Cristóvão, na manhã de hoje em Passo Fundo. A imagem do santo partiu do Trevo da Caravela, por volta das 7h30, e percorreu um trajeto de aproximadamente 10 quilômetros, passando pela avenida Brasil, e Presidente Vargas. A tradicional benção dos veículos segue durante toda a manhã, em frente à paróquia que leva o mesmo nome do protetor dos motoristas e dos agricultores. 

De pai para filho

Participando da procissão há mais de 20 anos, o motociclista e caminhoneiro, Alexandre Santin, 41 anos, fez questão de levar o filho Conrado, 7 anos, na garupa da moto para receber a benção. “O intuito é passar a fé, a devoção para a próxima geração”, comentou. 





O padre da paróquia São Cristóvão, Vanderlei Bervian, lembrou que a festa acontece desde quando a avenida Presidente Vargas, uma das principais da cidade, era uma pequena rua e já recebia os fiéis. “Essa festa cresceu junto com a cidade”, lembra. 

 Sobre a devoção dos fiéis, o religioso conta que São Cristóvão  carrega Jesus, por conta disso, tornou-se o padroeiro dos motoristas e dos agricultores. “Engloba todas as categorias de motoristas, assim como os agricultores, que tiram o sustento da terra. Todos nós nos identificamos com esse santo”. 


Nas primeiras horas do dia, aproximadamente 300 voluntários já estavam em prontidão para receberem os devotos. O trabalho é dividido em três setores: litúrgico, cozinha e equipe que trabalha na rua dando todo o suporte na procissão. 

2,6 mil quilos de churrasco

Para a edição deste ano, foram preparados 2.6 mil quilos de churrasco, divididos em 880 espetos. Um dos coordenadores do setor, Alessandro Risson, 48 anos, confirma um aumento de 15% em relação ao ano passado. Um dos motivos, segundo ele, é a abertura do salão da igreja para o almoço no local. “Ano passado não havia esta opção de almoçar aqui, isso aumentou a estimativa de venda” afirma. 


Meio século de voluntariado

Na cozinha, quem comando os trabalhos é a experiente Nena Ferrão, 77 anos, 54 deles como voluntária. “Logo que casei, morava no interior, viemos participar da procissão. Quando mudamos para a cidade, comecei a ajudar na preparação da sexta edição e não parei mais. É como se fosse na casa da gente. Uma satisfação muito grande poder ajudar”. 

Pelo menos 20 pessoas fazem parte da equipe da cozinha, responsável pelo preparo das saladas de alface, tomate e maionese. Para esta edição, as cucas e os pães foram comprados prontos.


Gostou? Compartilhe