A Corsan entregou na manhã desta sexta-feira, 22, as 450 ligações de água feitas na Ocupação 4 do bairro José Alexandre Záchia, em Passo Fundo. A comunidade, que vive no local há dez anos, era abastecida de forma precária por duas bicas públicas e canalizações irregulares. A Companhia investiu quase R$ 1 milhão na instalação de mais de cinco quilômetros de redes, três quilômetros de interligações a residências e hidrômetros, que são os equipamentos para a medição de consumo.
“Para nós foi uma conquista. Água é vida e estávamos carentes disso. A ocupação é grande, as faltas de água eram frequentes e não tinha como abastecer todo mundo”, destacou um dos líderes comunitários que auxiliou nos cadastros, Vicente Rodrigues.
Conforme o superintendente da Regional Planalto da Corsan, Aldomir Santi, além de receberem água tratada e de qualidade, os moradores foram integrados ao Programa Água, Vida e Cidadania da Corsan. “Eles terão vantagens como a primeira ligação à rede gratuita, isenção de pagamento pela instalação do hidrômetro, três meses de carência para iniciar o pagamento do consumo de água e benefícios da tarifa social, com 60% de desconto na taxa de serviço básico pelo período de dois anos, a partir da ativação da rede. Depois, poderão manter essa tarifa, desde que atendam aos critérios do programa”, lembrou Santi.
A taxa básica mensal será de R$ 14,77 e o metro cúbico consumido (até dez metros cúbicos) será R$ 3,12. O trabalho só foi possível a partir da regularização da área pela Prefeitura de Passo Fundo.
O prefeito Pedro Almeida comemora o investimento. “O Município garantiu que sejam efetivadas medidas que buscam proporcionar o abastecimento de água e ampliar a cobertura de esgotamento sanitário. Quem ganha são os passo-fundenses, que receberam benefícios como estas famílias do bairro Zachia”, disse.
O trabalho de implantação das redes de água começou em novembro. “Era muito difícil, tinha que pegar um balde e buscar água onde tinha. Eu me socorria nos vizinhos que já possuíam canalização ou então eu esperava a água voltar”, lembrou a aposentada Terezinha de Jesus Muniz Maciel, que vive na ocupação com uma filha e três netas.