Passo Fundo tem 3 a cada 100 casas com foco do mosquito Aedes Aegypti

Núcleo de Vigilância Ambiental em Saúde divulgou primeiro levantamento do ano sobre o índice de infestação. O índice é o maior já registrado para o mês desde 2015

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Mosquito Aedes Aegypti é o transmissor de doenças como Dengue, Zika vírus e Chikungunya   Foto: Arquivo/ONMosquito Aedes Aegypti é o transmissor de doenças como Dengue, Zika vírus e Chikungunya   Foto: Arquivo/ON
Mosquito Aedes Aegypti é o transmissor de doenças como Dengue, Zika vírus e Chikungunya Foto: Arquivo/ON
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Sinal de alerta para os moradores de Passo Fundo. Isso porque foi finalizado na quarta-feira, 17, o primeiro Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypti (LIRAa) de 2024 que mostrou que 3 em cada 100 casas têm um foco do inseto causador de doenças como Dengue, Zika vírus e Chikungunya.

De acordo com a chefe do Núcleo de Vigilância Ambiental em Saúde, Ivânia Silvestrin, o levantamento de infestação foi realizado entre de 8 a 12 de janeiro de 2024. “O nosso índice de infestação ficou em 3%, o que significa dizer que a cada 100 casas visitadas, 3 tem a presença do Aedes Aegypti, então dos 106 mil imóveis de Passo Fundo o Aedes Aegypti está presente em mais de 3 mil e isso é considerado pelo Ministério da Saúde como um risco médio para epidemia da dengue”, disse.

O índice é o maior já registrado para o mês desde 2015. No comparativo com o último levantamento divulgado, em outubro do ano passado, o número dobrou. “Baseado no levantamento de infestação de janeiro de 2023 nós estamos pior, ano passado o índice era de 0,7% considerado um índice baixo para epidemia e agora janeiro de 2024 já estamos com 3% que já é um risco médio de epidemia”, comentou.

Infestação nos bairros

De acordo com o relatório, os bairros onde foram encontrados mais focos do mosquito foram: São Cristóvão (21,49%), Petrópolis (17,11%), seguido do Boqueirão (15,35%).

Conforme Ivânia, esse foi o primeiro de outros três que devem ser realizados neste ano. “São quatro relatórios no ano, o Ministério da Saúde envia as datas para levantamento de infestação para as coordenadorias que nos avisam quando acontece, acredito que até fevereiro receberemos as datas para a pesquisa”, disse.


Conscientização 

Ivânia destaca que uns dos principais locais de água parada encontrados nas residências são potes de flores e baldes, destacando que a população precisa ser consciente sobre a necessidade de não manter locais que podem favorecer a presença do mosquito. “Só vai acontecer se o morador deixar o balde, o prato da flor acumulando água, a chuva é necessária, o que não deve ser necessário é ter recipientes que acumulem água. A população precisa se conscientizar sim, de que Passo Fundo é um município infestado, que tivemos morte por dengue em 2023, que tivemos quase mil casos de dengue ano passado e que nós precisamos acender o alerta que não dá para deixar água parada”, finalizou.

Orientações

· Não deixe água parada, destruindo os locais onde o mosquito nasce e se desenvolve, evita sua procriação.

· Deixe sempre bem tampados e lave com bucha e sabão as paredes internas de caixas d'água, poços, cacimbas, tambores de água ou tonéis, cisternas, jarras e filtros

· Não deixe acumular água em pratos de vasos de plantas e xaxins. Coloque areia fina até a borda do pratinho.

· Plantas que possam acumular água devem ser tratadas com água sanitária na proporção de uma colher de sopa para um litro de água, regando no mínimo, duas vezes por semana. Tire sempre a água acumulada nas folhas.

· Não junte vasilhas e utensílios que possam acumular água (tampinha de garrafa, casca de ovo, latinha, saquinho plástico de cigarro, embalagem plástica e de vidro, copo descartável etc.) e guarde garrafas vazias de cabeça para baixo.

· Entregue pneus velhos ao serviço de limpeza urbana, caso precise mantê-los, guarde em local coberto.

· Deixe a tampa do vaso sanitário sempre fechada. Em banheiros pouco usados, dê descarga pelo menos uma vez por semana.

· Retire sempre a água acumulada da bandeja externa da geladeira e lave com água e sabão.

· Sempre que for trocar o garrafão de água mineral, lave bem o suporte no qual a água fica acumulada.

· Mantenha sempre limpo: lagos, cascatas e espelhos d'água decorativos. Crie peixes nesses locais, eles se alimentam das larvas dos mosquitos

· Lave e troque a água dos bebedouros de aves e animais no mínimo uma vez por semana.

· Limpe frequentemente as calhas e a laje das casas, coloque areia nos cacos de vidro no muro que possam acumular água.

· Mantenha a água da piscina sempre tratada com cloro e limpe-a uma vez por semana. Se não for usá-la, evite cobrir com lonas ou plásticos.

· Mantenha o quintal limpo, recolhendo o lixo e detritos em volta das casas, limpando os latões e mantendo as lixeiras tampadas. Não jogue lixo em terrenos baldios, construções e praças. Chame a limpeza urbana quando necessário.

· Permita sempre o acesso dos agentes de endemia em sua residência ou estabelecimento comercial.

 


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