Sorrisos, alegria e sentimentos de carinho, admiração e reconhecimento. Na manhã de quarta-feira (27) a equipe de professores e de estudantes da Escola Municipal de Ensino Fundamental - EMEF Wolmar Salton - estavam muito felizes pela realização de um trabalho que vem sendo desenvolvido há algum tempo na escola. Tudo porque o “Projeto Interdisciplinar Páscoa Solidária: Faça o bem sem olhar quem”, tinha chegado ao seu ponto principal: o dia da entrega de donativos e visitação de entidades que desenvolvem projetos voltados ao auxílio de crianças e famílias em vulnerabilidade social de Passo Fundo.
No início da manhã, os alunos com sacolas de alimentos e bilhetes, já que algumas turmas também prepararam recados para as entidades, aguardavam ansiosos pela entrada nos ônibus que esperaram a organização dos professores para que cada turma seguisse seu destino, rumo a uma entidade social da cidade.
De acordo com a diretora da escola, Evania Calza, o projeto vem sendo desenvolvido há muitos anos. “O projeto Páscoa Solidária é desenvolvido na escola há muito tempo, depois da pandemia a gente não conseguia mais retomar as visitas nas instituições. No ano passado elas vieram até nós e esse ano colocamos uma roupagem nova, então, no Dia Internacional da Mulher, trouxemos as lideranças de cada entidade onde elas estiveram na nossa escola, contando a história de vida e de luta de cada instituição”, explicou.
O projeto trabalhou de forma interdisciplinar atuando em diferentes frentes, mostrando o significado da Páscoa, bem como ações sociais que contribuem para a comunidade. “É uma atividade bem cooperativa, vamos realizar uma ação que vai ser uma benção né”, conta o estudante do 5º ano, Gustavo Rubik. A colega Taila Bettanin, de 10 anos, destaca a importância da ação. “Vamos lá para ajudar eles com comida. É uma ação importante, fazer o bem”, disse.
Ação social
Segundo Evania, as turmas mediadas pelos professores começaram a trabalhar identificando qual era a proposta e as necessidades de cada entidade. “Eles se organizaram com a família, com parentes para poder visitar e levar suas doações”, disse.
A ação social foi realizada por estudantes do 5º ao 9º ano do turno da manhã. “É um projeto interdisciplinar que envolveu praticamente todas as disciplinas, o núcleo central Ensino Religioso e Filosofia, mas se estendeu até a Cultura Digital, pesquisa, produção de trabalhos, na língua Portuguesa com a produção de recados. Temos muitos alunos imigrantes, é importante eles entenderem essa realidade, então um grupo vai na Pastoral do Imigrante. Cada turma vai visitar uma entidade, então é uma ação social que é o principal objetivo do projeto ", pontuou.
Experiência que engrandece
Para os estudantes a atividade além de proporcionar o aprendizado diferenciado, contribui para uma formação cidadã. “Acho que é uma ação muito boa para nossa escola e para os outros, muitas pessoas passam necessidade e a gente vive bem, ajudando elas a gente se ajuda a ser melhor também”, disse Gabriel Pascoal de 13 anos.
Celina Rocha Camargo do 8º ano também contou que a experiência é positiva. “Ano passado eles vieram aqui e a gente achou legal ir até eles esse ano, é importante para ver essa realidade de outras pessoas, ver as entidades recebendo essa ajuda é muito legal”, afirmou.
Ao todo mais de 450 estudantes da escola se envolveram no Projeto. Conforme a diretora, os estudantes do turno da tarde, realizaram uma ação um pouco diferente, onde a arrecadação de alimentos será destinada a algumas famílias carentes da própria escola.
Entidades parceiras
As entidades que receberam a visita dos estudantes da EMEF Wolmar Salton foram: Projeto a Transformação (turmas do 5° ano), Projeto SOS do Bem (turmas do 6° ano), Asilo Lucas Araujo (turmas do 7° ano), Centro na Pastoral das Migrações (8° ano) e Fazenda Esperança (8° ano).
A assistente social do Projeto Transformação, Alexandra Zadinello, destacou a importância de ações como da escola para que as pessoas possam conhecer o projeto. “O Projeto Transformação presta serviço à comunidade, para crianças em situação de vulnerabilidade, inscritas no cadastro único. Dessa forma, elas participam no turno inverso da escola, de oficinas de inclusão digital, musicalização, socialização, projeto de vida, dança, futebol e algumas outras oficinas”, contou.
Os estudantes participaram de oficinas nas terças, quartas e quintas-feiras, no turno da manhã e tarde. Conforme Alexandra, aproximadamente 45 crianças são atendidas no projeto e toda a ajuda é bem-vinda.