Conflito no Oriente Médio pode impactar na economia de empresas de Passo Fundo

Somente no primeiro trimestre deste ano, 19.2% das exportações do município tiveram os países da região Oriente Médio como destino

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O ataque feito pelo Irã contra Israel, no último sábado, aumentou ainda mais a tensão no Oriente Médio, com uma possível escalada nos conflitos na região. Foram lançados mais de 300 drones e mísseis, sendo que 99% deles acabaram interceptados pelo sistema antimíssil do país judeu. A ofensiva é uma  resposta a um ataque à embaixada do Irã na Síria, supostamente orquestrada pelas forças antiterroristas de Israel, que se viu em um embate contra o Hamas após o grupo paramilitar atacar civis em uma festa em Gaza, em outubro do ano passado.

 

Caso essa escalada de violência se confirme, ela terá reflexos na economia do Brasil. Uma delas será o aumento nos preços do barril do petróleo em razão de restrições na oferta, impactando diretamente no bolso dos brasileiros com o aumento do preço da gasolina. O conflito também poderá ter efeitos negativos na economia local. Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, revelam que somente no primeiro trimestre de 2024, 19.2% das exportações de Passo Fundo tiveram como destino o Oriente Médio. O volume representa aproximadamente 57.653 milhões de dólares em produtos do complexo soja, trigo e milho.

 

Na avaliação do economista e professor da Universidade de Passo Fundo, Julcemar Zilli, em entrevista na Rádio UPF, os dados demonstram a importância de demanda do Oriente Médio pelos produtos e bens da região de Passo Fundo. Em caso de ampliação do conflito, Zilli aponta uma série de fatores que pode interferir negativamente nessa relação comercial.

 

“ Pode impactar de diferentes formas e afetar as exportações. Uma delas é levar à interrupção das rotas comerciais, aumentar o custo do frete e do seguro dos produtos exportados para aquela região, gerar incertezas nos processos comerciais. Também há possibilidade de imposição de sanções econômicas por parte de países envolvidos no conflito, restringindo o acesso dos produtos”, avalia o economista.

 

Para ele, as empresas precisam estar atentas na situação do Oriente Médio e recomenda, como alternativa para reduzir possíveis impactos, abrir novas relações comerciais com países de outras regiões e fortalecer essas parcerias.

 

 


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