O Rio Grande do Sul está unido e continua lutando, são muitos os exemplos da atuação de voluntários que buscam fazer a diferença ajudando as famílias atingidas pelas enchentes, seja produzindo alimentos, seja atuando nos postos de recolhimento de donativos ou mesmo para aqueles que estão na linha de frente ajudando a resgatar família e ajudando com uma palavra amiga.
Em Passo Fundo os membros do CTG Eduardo Müller localizado no Bairro Edmundo Trein, estão trabalhando na produção de sabão. De acordo com o patrão do CTG, Vilson Dornelles, durante a pandemia a entidade se uniu também para produção de materiais. “Estamos fazendo sabão caseiro, por isso estamos pedindo doação de óleo de cozinha usado, já ganhamos bastante o que tem ajudado”, contou.
Segundo Dornelles, mesmo recebendo de doação óleo usado, os membros se uniram no último sábado (11), vendendo marmitas de carreteiro com feijão para juntar fundos para compra dos demais materiais necessários para produção do sabão. “Já enviamos 620 kg de sabão e vamos continuar fazendo, nós entregamos para a Defesa Civil que destina para as cidades e pontos que mais precisam”, pontuou.
Outra ação desenvolvida por alguns moradores do bairro foi a produção de 300 sanduíches que foram levados no último sábado também como doação aos atingidos pelas enchentes.
Moradores produzem rodos de madeira
Desde o início das enchentes, os moradores do Condomínio Vivenda das Palmeiras se mobilizam para ajudar a população dos municípios mais afetados, a exemplo do que aconteceu no ano de 2023, quando foram feitas muitas doações. Agora, além de água, roupa, comida, colchões, calçados e cobertores, os moradores se engajaram na fabricação de rodos de madeira, que foram doados, para que a lama possa ser retirada dos locais atingidos com mais facilidade. Muitos viajam (alguns diariamente) até o Vale do Taquari e oferecem também a mão de obra para que o trabalho seja feito.
No final da tarde da última quarta-feira, (8) ocorreu um mutirão na garagem de um dos condôminos para a fabricação de mais de 100 rodos. Com uma serra as peças de madeira eram cortadas para que depois fossem montadas. Cada um levou seu martelo para ajudar na montagem. Os cabos vieram prontos para que fossem pregados aos rodos. “Fizemos 100 rodos, mas se fabricarmos 800 ou mil, tenho certeza de que todos eles serão muito bem utilizados”, avalia um dos moradores.
Arroio do Meio e Roca Sales
Depois de produzidos, os rodos foram colocados no baú de um pequeno caminhão, pertencente a um empresário, que também reside no condomínio, para que fossem encaminhados a municípios da região do vale do Taquari, onde estão os municípios mais afetados pela água e pela lama. “Uma parte dos rodos foi para Arroio do Meio, mas a maior parte foi para Roca Sales, que é onde o pessoal mais precisa. Ainda tem muita lama naquele município”, diz o empresário que cedeu o veículo para o transporte do material.