Dezenas de fiéis acordaram cedo na manhã de quinta-feira (30), para confeccionar os tradicionais tapetes de Corpus Christi. Antes das 8h, eles já estavam reunidos no Santuário Nossa Senhora Aparecida para iniciar os trabalhos.
Pessoas de todas as idades enfrentaram o frio de 8°C, na manhã de quinta-feira (30), para manter viva a tradição dos tapetes de serragem. Foi o que fez o casal Marcelo e Elisabete Casanova. Casados há 32 anos, ele e participam das atividades desde a infância. Neste ano, levaram um dos filhos, de 20 anos, para acompanhar o ritual. Elisabete conta que a sua sogra sempre foi uma pessoa muito religiosa, e que passou essa tradição aos filhos, e agora, para os netos.
“Desde que casamos estamos envolvidos neste trabalho voluntário. Começamos desde o preparo dos desenhos, depois foi necessário o preparo da serragem colorida, e hoje estamos aqui em família”, disse Elizabete.Segundo a direção do Santuário, como acontece em outros anos, um dos objetivos da atividade é envolver os catequistas, assim, um grande número de jovens participam da confecção dos tapetes. Segundo os religiosos, além da questão estética, os jovens acabam entendendo o simbolismo envolvido nesta tradição. A procissão no Santuário Nossa Senhora Aparecida aconteceu durante a tarde e contou com a presença de milhares de pessoas.
Catedral
A cerimônia de Corpus Christi na Catedral Nossa Senhora Aparecida foi comandada por Dom Rodolfo Weber, arcebispo de Passo Fundo. Pouco antes das 15 horas, ele recebeu os fiéis na porta da igreja para dar as boas-vindas aos devotos. A missa durou aproximadamente uma hora, e em seguida, centenas de pessoas participaram da tradicional procissão de Corpus Christi, que sai da Catedral, e segue pelas ruas que circundam a Praça Marechal Floriano.
Neste ano, foram realizadas três paradas durante a procissão. Uma delas para lembrar as enchentes que atingem o Rio Grande do Sul; outra para lembrar a solidariedade das pessoas com o povo gaúcho; e a terceira para celebrar Jesus, que se doa na Eucaristia.