Uma nova frente fria está chegando na região a partir desta sexta-feira. Ela deve causar mudança no tempo em comparação ao últimos dias, que foram de sol e temperaturas mais altas.
A partir de hoje (5), há possiblidade de chuva, mas ela deve chegar com maior intensidade entre o sábado e o domingo. Grandes volumes são esperados até o domingo, quando, novamente acontece uma virada no tempo. O domingo ainda deve ser com mais nebulosidade, especialmente nas primeiras horas da manhã. Mas no decorrer do dia, o sol começa a aparecer entre as nuvens.
Essa variação no final da tarde de domingo já é uma influência de uma massa de ar polar que vai chegar na região logo após a frente fira. Ela vai parar a chuva, mas em contrapartida irá derrubar novamente as temperaturas, pelo menos até a próxima quarta-feira. Segundo Aldemir Pasinato, analista do laboratório de meteorologia da Embrapa Trigo de Passo Fundo, além de atuar no norte do Rio Grande do Sul, essa massa de ar polar também vai derrubar as temperaturas em Santa Catarina e Paraná.
O frio já poderá ser sentido de forma mais intensa a partir desta sexta-feira (4), quando as máximas não deve passar dos 12°C, e a mínima de 6°C. As temperaturas mais baixas devem ser registradas especialmente durante a noite. No sábado a mínima será de 4°C e a máxima 10°C.
Com a chegada da massa de ar polar, os termômetros seguirão registrando temperaturas muito baixas no começo da próxima semana. Alguns modelos meteorológico mostram que terça (9), e quarta-feira (10), mas mínimas pode girar entre 2 e 3°C.
La Niña deve chegar ao RS no fim do inverno e início da primavera
A tendência atual de esfriamento no Oceano Pacífico deve evoluir para um fenômeno La Niña nos próximos meses, especialmente a partir da segunda metade do inverno e decorrer da primavera. É o que prevê o Boletim trimestral do Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada do Estado do Rio Grande do Sul, coordenado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação. As previsões apresentadas pelo boletim são baseadas no modelo estatístico do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
A previsão trimestral indica chuvas ainda acima da média em julho e agosto no norte e parte do centro-leste do Estado, especialmente na faixa nordeste, área mais provável à ocorrência de chuvas volumosas. Demais áreas do sul e oeste com chuva irregulares, próximas da média, com probabilidade de ficar ligeiramente abaixo da média entre o sul oeste, especialmente em agosto.
Para setembro, as chuvas ficam próximas da média na maioria das regiões do Rio Grande do Sul, podendo ficar ligeiramente abaixo no sul do Estado. Pontualmente, devido à passagem de sistemas frontais, ainda há risco de chuva forte localizada.
No trimestre, as entradas de massas de ar de origem polar devem ser frequentes, intercaladas com períodos de aquecimento. Portanto, ondas de calor se alternado com ondas de frio são prováveis. Em média, as anomalias de temperatura devem ficar ligeiramente abaixo do normal no sul e oeste, enquanto as anomalias ligeiramente acima da média devem se concentrar mais no extremo norte-nordeste do estado.
Há chance maior de geadas no Estado em todo o trimestre, tanto em julho e agosto, quanto em setembro, com a possibilidade de ocorrência de geada tardia.