Dados do Novo Caged, divulgados no começo desta semana, mostram que a cidade de Passo Fundo voltou a ter saldo positivo na geração de emprego. Após o mês de maio, onde a cidade teve um salto negativo de 157, em que todos os setores pesquisados apresentaram números negativos, o resulto reverteu no mês de junho.
Entre os dias 01/07 e 31/07, Passo Fundo teve 3.121 admissões e 2.878 desligamentos, gerando um saldo positivo 243 vagas. No total são cinco setores da economia mostrados na pesquisa, agropecuária, indústria, construção, comércio e serviço. O destaque positivo deste período foi o setor de serviços, que gerou um salto positivo de 337 vagas. O destaque negativo ficou com o comércio, que fechou 55 vagas.
Indústria
Um dado que está chamando a atenção na pesquisa é que pelo 7º mês consecutivo o setor da indústria demitiu mais do que contratou. Mesmo que no saldo geral da empregabilidade Passo Fundo esteja gerando mais vagas de emprego, este setor específico está reduzindo o número de pessoas contratadas. Somente no ano de 2024, fechou 204 vagas de emprego.
Segundo o diretor do SINE de Passo Fundo, Cassiano Paim Bandeira, esta é uma realidade específica do setor. Segundo ele, há vagas disponíveis nas empresas, porém, muitos trabalhadores acabam optando em ocupar as vagas disponíveis em outros setores. Especialmente porque muitas das vagas da indústria requer uma qualificação bastante específica.
Ele ainda disse que atualmente o SINE está fazendo ações específicas para ocupar vagas com a mão de obra de pessoas mais jovens. Um exemplo é uma ação que acontecerá no próximo dia 16, chamada de Ação Jovem, que será voltada especificamente a este público, onde haverá um atendimento preferencial para encaminhamento às vagas disponíveis.
Estado
No mês de julho, o Estado registrou um saldo negativo no número de vagas. No total, foram 8.569 demissões a mais do que contratações. Todos os setores pesquisados demitiram mais do que contrataram. A exceção foi a construção civil que teve um saldo positivo de 546 empregos.
Segundo Cassiano Bandeira, o estado ainda sofre os reflexos econômicos dos problemas climáticos enfrentados em maio, mês que houve um grande índice de demissões, quando aconteceu um saldo negativo de 21.990.