Estado paga mais de R$ 300 mil mensais à Infraero pela gestão do Lauro Kortz

A nova administraçãodo Aeroporto de Passo Fundo ainda é uma incógnita e PPP que irá a leilão deve ter outro formato

Por
· 2 min de leitura
Sem interessados: Lauro Kortz permanece sob gestão da Infraero - Foto LC Schneider-ONSem interessados: Lauro Kortz permanece sob gestão da Infraero - Foto LC Schneider-ON
Sem interessados: Lauro Kortz permanece sob gestão da Infraero - Foto LC Schneider-ON
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

Assim como o funcionamento do PAPI da cabeceira 09, a futura gestão do Aeroporto Lauro Kortz também é uma incógnita. Havia uma expectativa pela formalização de uma parceria público-privada (PPP) através do leilão programado para a semana passada. Porém, na quinta-feira, 25/07, não surgiu nenhum proponente interessado em assumir os aeroportos de Passo Fundo e Santo Ângelo. O Aeroporto de Passo Fundo pertence ao Departamento Aeroportuário, vinculado à Secretaria de Logística e Transportes do Rio Grande do Sul. Atualmente, a gestão do terminal é da Infraero, empresa pública nacional vinculada ao Ministério de Portos e Aeroportos.

Infraero

Desde o final das obras do novo terminal e melhorias da pista, em abril de 2021 a gestão do Aeroporto Lauro Kortz foi entregue à Infraero. Alexander Froemming, chefe da Divisão Administrativa do Departamento Aeroportuário, informou que, após nova adequação à demanda, o Governo do Estado, através da Secretaria de Logística e Transportes, “paga um pouco mais de R$ 300 mil mensais para a Infraero gerir o terminal”. Além do valor pago pelo estado, a empresa ainda arrecada com a cobrança das taxas de pouso, cujos valores variam de acordo com o peso das aeronaves, taxas de embarque, tem subsídios estaduais para algumas despesas e suporte municipal para pequenos serviços. Atualmente, a empresa administra quase 30 aeroportos no país. No Rio Grande do Sul, além dos aeroportos de Passo Fundo e Santo Ângelo, também está assumindo os terminais de Canela e Torres.

 Parceria público-privada

Após o desinteresse em relação ao leilão dos aeroportos de Passo Fundo e Santo Ângelo, pode surgir um novo modelo, desmembramento ou mesmo um novo rumo à gestão. “Ainda não existe uma definição sobre um novo edital, se irá desmembrar (editais separados para Passo Fundo e Santo Ângelo) ou mesmo o estado investir e assumir a gestão dos terminais”, informou Alexander Froemming. A PPP tem por objetivo a definição de um parceiro para operar, fazer a manutenção e ampliar a capacidade da infraestrutura dos dois terminais por um período de 30 anos. Previa, ainda, investimentos de mais de R$ 101 milhões nos locais com aporte do Estado de R$ 29 milhões.

 Avaliação

O chefe da Divisão Administrativa do DAP também disse que o momento é de avaliação e novos estudos, que envolvem as secretarias de Logística e Transporte e da Reconstrução Gaúcha, pasta que coordena as PPPs do governo do Estado, além de outras secretarias. De acordo com nota da assessoria do Palácio Piratini, o governador Eduardo Leite, o secretário da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi, e o adjunto da pasta, Gabriel Fajardo, reafirmaram a orientação do governador para reavaliar os fatores que provocaram o desinteresse no leilão para corrigi-los. O secretário de Logística e Transportes, Juvir Costella, e o diretor do Departamento Aeroportuário, Marcelo de Canossa Macedo, estarão à frente das reuniões para definir os novos rumos para as PPPs dos aeroportos de Passo Fundo e Santo Ângelo. Ainda não há uma data prevista para a conclusão dos estudos.

  

Gostou? Compartilhe