Espiritualidade e história unem fiéis de São Miguel Arcanjo

153ª edição da Romaria de São Miguel acontece neste domingo e contará com celebração religiosa e almoço festivo

Por
· 2 min de leitura
Foto: Roberto Sander/Divulgação Foto: Roberto Sander/Divulgação
Foto: Roberto Sander/Divulgação
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

Passo Fundo receberá neste domingo (29), a 153ª edição da tradicional Romaria de São Miguel, que deve reunir cerca de 12 mil devotos em um evento marcado pela fé, tradição e espiritualidade. Com o tema “Ó São Miguel, nosso Anjo Protetor na oração e amizade somos irmãos e irmãs”, a romaria é considerado um dos eventos religiosos mais importantes da região.

O padre Claudir Pressi, pároco da Paróquia São Vicente de Paulo, ressalta a importância da preparação para o evento, que mobilizou quase uma centena de voluntários durante quatro meses. A expectativa é de receber fiéis, não só de Passo Fundo, mas de diversas cidades do Rio Grande do Sul e de outros estados.

A concentração dos devotos acontecerá às 8h30min na Matriz São Vicente de Paulo, na avenida Brasil, bairro Boqueirão, onde haverá uma acolhida inicial. A procissão seguirá pela Av. Brasil, descendo pelo Stok Center, e atravessará a ERS-324 em direção ao posto Tradição, continuando até a Capela São Miguel, local onde acontecerá as celebrações religiosas. Após a missa, o grupo Alforria, composto por descendentes de escravos que encontraram a imagem de São Miguel Arcanjo, apresentará a história do chafariz da Mãe Preta, através de uma performance musical e teatral.

Além da missa, haverá uma programação contínua ao longo do dia, com bênçãos e uma celebração religiosa às 14 horas. A parte festiva incluirá um almoço com quatro opções: churrasco de gado (2 kg por R$ 100), porco à pururuca (1,5 kg por R$ 60), além de pastel e pão com linguiça a R$ 10 cada. Doces, cucas, saladas e maionese também estarão disponíveis. Os cartões para o almoço podem ser adquiridos antecipadamente para que a organização prepare a quantidade correta.

Padre Claudir Pressi destacou que a organização está incentivando os participantes a não consumirem bebidas alcoólicas no entorno da capela e a evitarem manifestações de cunho político, para que o foco do evento permaneça na espiritualidade e devoção.

A Romaria de São Miguel tem suas raízes na história de escravos que, no século XIX, voltavam da Guerra do Paraguai quando encontraram uma pequena estatueta de São Miguel Arcanjo nas terras que hoje correspondem ao distrito do Pulador. A figura de São Miguel, protetor da Igreja Católica e defensor contra injustiças e violências, inspirou os escravos a construir uma pequena capela, feita de pau-a-pique e com telhado de capim. Essa capela, hoje reformada e tombada como patrimônio cultural, continua a ser o foco da fé e devoção durante a romaria.

O evento, que mescla história, cultura e espiritualidade, é um testemunho da fé duradoura dos devotos de São Miguel, que continuam a reverenciar o arcanjo como defensor e protetor.

Gostou? Compartilhe