Mutirão faz coleta de DNA de familiares de desaparecidos hoje em Passo Fundo

Ação acontece das 9 horas ao meio-dia na praça Marechal Floriano

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Arquivo/IGP Arquivo/IGP
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A partir de uma iniciativa do Ministério da Justiça e Segurança Pública, em parceria com a Polícia Civil (PC/RS) e o Instituto-Geral de Perícias (IGP/RS), acontece nesta sexta-feira (30), em Passo Fundo, a coleta de material genético de familiares de pessoas desaparecidas.

A atividade será das 9 horas e o meio-dia, na Praça Marechal Floriano. O objetivo é realizar coletas de material biológico e entrevistas com familiares de desaparecidos, além de consultas e registros de ocorrências.

Esta é a segunda vez que Passo Fundo recebe o serviço. A primeira campanha aconteceu  em 2021, sendo considerada um marco importante na busca por desaparecidos. Naquela oportunidade, 15 famílias para participaram da ação. Em todo o Rio Grande do Sul, o mutirão realizado naquele ano resultou na coleta de material genético de 190 familiares, permitindo a identificação de 14 indivíduos.

Segundo o  Instituto Geral de Perícias, a coleta acontece na cidade de Passo Fundo, mas o banco de dados é válido para todo o país. Desta forma, quem tem familiar desaparecido em outras regiões do Brasil, pode aproveitar a oportunidade e realizar a coleta do material, o qual será rastreado em todo o território brasileiro.

Ainda conforme o IGP, os números da edição passada são considerados um sucesso e evidenciou a importância da utilização de perfis genéticos na resolução de casos de desaparecimento. A expetativa do estado  em 2024, é ampliar ainda mais esse trabalho.

Outras cidades

Nesta edição, os mutirões estão acontecendo em diversas cidades gaúchas. Além de Passo Fundo, o trabalho se estende por Porto Alegre, Novo Hamburgo, Viamão, Gravataí, Alvorada, São Leopoldo, Canoas, Caxias do Sul, Pelotas, Santa Maria, Santana do Livramento. Lajeado, Santa Cruz do Sul e Santo Ângelo. Cada cidade tem a sua programação com dia e horário específico para desenvolvimento da campanha.


Como é feita a coleta

A coleta é feita por suabe oral e/ou amostras de sangue, e são utilizadas apenas com a finalidade de encontrar pessoas desaparecidas. As amostras coletadas serão processadas pelo IGP/RS e os perfis genéticos gerados serão inseridos no Banco de Perfis Genéticos (BPG/RS), onde serão comparados com os perfis de corpos já cadastrados.

Atualmente, o banco de dados do estado conta com material genético de 633 corpos e de 715 famílias, o que demonstra a abrangência e a relevância desse trabalho contínuo.


O que é o Banco de Perfis Genéticos

O Banco de Perfis Genéticos é uma ferramenta essencial na identificação de pessoas desaparecidas. Através da comparação dos perfis genéticos de restos mortais não identificados com os perfis coletados de familiares, é possível trazer respostas para as famílias e contribuir para a solução de casos que, de outra forma, poderiam permanecer sem resolução por anos.

O mutirão, embora seja uma iniciativa concentrada, representa apenas uma parte do esforço contínuo do IGP/RS.

O instituto realiza coletas de material genético ao longo de todo o ano, em todos os Postos Médico-Legais do estado, o que pode ser feito sempre que há um registro de ocorrência de desaparecimento. Essa atividade de rotina é fundamental para garantir que, a qualquer momento, as famílias possam buscar apoio e colaborar com as investigações.

Como Participar da Campanha

Para participar da campanha, os familiares de pessoas desaparecidas devem comparecer a um dos mutirões nas cidades indicadas, munidos de documentos de identificação.

A coleta de DNA é simples e não invasiva, feita através de uma amostra de saliva. Além disso, os familiares podem trazer objetos de uso pessoal do desaparecido, como escovas de dentes, pentes, ou aparelhos de barbear, que podem ser utilizados para extração do DNA do próprio desaparecido.

É importante ressaltar que o serviço é gratuito e voluntário, e que o material coletado será utilizado exclusivamente para a identificação de pessoas desaparecidas, conforme previsto na legislação.

Em caso de identificação positiva, seja de uma pessoa viva ou de um óbito, a família será imediatamente contatada para os procedimentos legais.

O IGP/RS e a Polícia Civil do Rio Grande do Sul reforçam a importância da participação de todos os familiares de primeiro grau – pais, mães, filhos e irmãos – nesse esforço coletivo. 

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