Os últimos dados divulgados pelo IBGE referentes ao Censo Demográfico 2022 apontaram que, dos 206.215 habitantes de Passo Fundo, apenas 3.534 deles vivem na área rural do município. O número representa 1.7% da população e aponta para uma redução de 635 pessoas em relação ao Censo de 2010. A taxa de urbanização em Passo Fundo é de 98%.
Dos seis distritos pertencentes ao município, São Roque aparece em primeiro lugar com 1.375 moradores. Responsável pelo escritório do IBGE em Passo Fundo, Jorge Benhur Bilhar, chama a atenção para o fato de que, em São Roque, está localizado o condomínio Morada Além do Horizonte, onde há uma grande concentração de residências. O distrito de Bom Recreio vem em segundo lugar, com 1.105 moradores, seguido de Bela Vista, com 581.
Segundo Bilhar, a redução de moradores na área rural é uma tendência nacional confirmada nos números do Censo. Questões como a qualidade das estradas, falta de internet com qualidade, segurança, dificuldade de acesso à saúde, são fatores considerados relevantes nessa redução. “Por outro lado, a tecnologia hoje permite que o agricultor tenha um controle de sua propriedade através de satélites, morando na cidade. Ele não precisa estar lá permanentemente, a não ser quem trabalha com aviários, suinocultura e produção de leite. Estas atividades exigem a presença constantes”, explica.
Estado
No Rio Grande do Sul, o Censo2022 revelou que a população urbana era de 9.523.093 pessoas também predominante e representando 87,50% da população total (10.882.965 pessoas). Enquanto 1.359.872 pessoas residiam em áreas rurais e representavam 12,50% dos moradores estaduais. E, entre 2010 e 2022, a taxa de urbanização no Rio Grande do Sul passou de 85,10% para 87,50%, com variação positiva de 422.252 pessoas nas áreas urbanas e perda de 233.216 pessoas nas áreas rurais.
País
Do total de 203,1 milhões de pessoas que vivem no Brasil, 177,5 milhões (87,4%) residiam em áreas urbanas, enquanto 25,6 milhões (12,6%) estavam em áreas rurais. Em relação a 2010, quando o grau de urbanização foi de 84,4%, houve aumento de 16,6 milhões de pessoas morando em áreas urbanas e queda de 4,3 milhões vivendo em áreas rurais.