Professores, estudantes e voluntários da comunidade entram nos quartos de pacientes hospitalizados e levam um potente remédio no tratamento das doenças: o sorriso. Esse é o trabalho desenvolvido pelo projeto de extensão da UPF, Sorriso Voluntário, que promove “invasões de sorrisos” no Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) de Passo Fundo. Atualmente, participam do projeto dois professores, três voluntários da comunidade e 27 acadêmicos de diferentes cursos de graduação.
Sorriso Voluntário é um projeto de extensão sobre a alegria do cuidar. Iniciou em outubro de 2012 e em março de 2013 foi institucionalizado na UPF como um dos projetos ligados a Vice-reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários. A ação foi idealizada por acadêmicos de Medicina como forma de criar espaços formativos para alunos da área da saúde interagirem com pacientes que passam por sofrimentos mais crônicos e desenvolver habilidades para humanizar ainda mais a relação médico-paciente.
Canções, contação de histórias, piadas e assuntos sobre a vida e a alegria são algumas das atividades desenvolvidas pelo grupo. De acordo com a coordenadora do projeto Sorriso Voluntário, Cristiane Barelli, os beneficiados são os familiares (cuidadores), as equipes de saúde e os próprios integrantes do projeto. “Se comunicar em linguagens diferentes do usual, com maquiagem, nariz de palhaço e desprovido de linguagem técnica, aproxima mais as pessoas, ameniza a dor e o sofrimento. O objetivo é levar alegria e se alegrar em ambientes adversos, onde impera a dor e o sofrimento”, destacou a professora.
O projeto já atuou no Asilo Nossa Senhora da Luz, mas, atualmente, as ações estão sendo desenvolvidas apenas no setor de hemodiálise e no posto 7 do Hospital São Vicente de Paulo a cada 15 dias. Eventualmente, o grupo também participa de ações isoladas quando convidado. No ano passado, o projeto fez a alegria na festa da criança, festa de natal e almoço da hemodiálise no HSVP. Neste ano, o grupo fez uma participação especial na Associação dos Amigos da Criança Autista e no Acampamento da Criança Diabética.
Para os pacientes e familiares, a atividade alegre promove um dia diferente, já que a rotina de um hospital nem sempre é agradável. Os profissionais do hospital são beneficiados indiretamente, pois, os pacientes ficam mais calmos e os familiares mais tranquilos. Esta ação também reflete positivamente na vida dos integrantes do projeto. “Um profissional mais disponível e aberto para ouvir o outro pode fazer toda a diferença para o cuidado humanizado. Como afirma Patch Adams, os comprimidos aliviam a dor, mas somente o amor alivia o sofrimento”, declarou a coordenadora do projeto.