Majestosa araucária

Exposição ?EURoeDo Pinhão ao Pinheiro?EUR? apresenta características da árvore símbolo do Sul do Brasil

Por
· 1 min de leitura
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

A comunidade de Passo Fundo tem uma oportunidade única de conhecer a história de uma das mais importantes árvores do Rio Grande do Sul. A Araucária angustifolia, também conhecida como pinheiro-brasileiro ou pinheiro-do-paraná, produz um dos principais alimentos típicos do inverno, o pinhão. A espécie sofreu uma grande degradação nas últimas décadas e hoje está ameaçada de extinção. Todos estes aspectos são apresentados na exposição “Do Pinhão ao Pinheiro”, do Museu Zoobotânico Augusto Ruschi (Muzar), do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UPF. A atividade também faz parte da programação de aniversário do Muzar, que completou ontem (25), 39 anos de história.

Da semente até as suas características mais imponentes. Impossível passar por um pinheiro e não reconhecer sua grandiosidade. Alguns podem alcançar 50 metros de altura e o caule chega até 2,5 metros de diâmetro. É uma árvore que chama a atenção pela sua copa e tem forma de cone, lembra até uma taça. Surgiu há cerca de 200 milhões de anos. É uma identidade do sul do país presente em São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

A exposição é uma oportunidade de conhecer mais a espécie e entender a importância cultural e para o ecossistema. “A exposição mostra as características, o ciclo reprodutivo, o crescimento da planta, as partes que compõem a árvore como o nó de pinho, a pinha, a questão histórica e cultural. A araucária tem uma grande importância e precisamos preservá-la”, enfatizou a responsável técnica pelo Muzar, Flávia Biondo.

A exposição pode ser conferida nos seguintes horários: segunda à sexta-feira pela manhã, entre as 8h e 12h, no período da tarde, das13h30 às 17h30, e à noite, nas terças à quintas, das 17h30 às 21h. A entrada é gratuita. Os grupos interessados também podem fazer agendamento pelo telefone (54) 3316-8316. Outras informações no site www.upf.br/muzar.

Ameaçadas de extinção
Até meados de 1980 não existiam grandes restrições à exploração da Floresta de Araucária no Brasil. De acordo com o Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais, dos 20 milhões de hectares originalmente cobertos por esta vegetação, restam cerca de 2%. Muitas casas e móveis foram construídos com a madeira da araucária. “Muitas pessoas sobreviveram em cima da retirada da araucária. As primeiras casas de madeira no Estado eram principalmente feitas com o pinheiro, porque ele existia em grande quantidade. A legislação veio da necessidade científica. Existe restrição do seu corte para garantir que a araucária permaneça na face da Terra. Hoje, ela está ameaçada em extinção na categoria vulnerável”, informou Flávia.

Gostou? Compartilhe