Os primeiros passos de uma orquestra jovem feliz

Projeto social inovador formará em Passo Fundo uma orquestra jovem, que é uma das tendências atuais em países da América Latina

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Cerca de 30 alunos integram a Orquestra Jovem FelizCerca de 30 alunos integram a Orquestra Jovem Feliz
Cerca de 30 alunos integram a Orquestra Jovem Feliz
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O projeto social Orquestra Jovem Feliz oferece a crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos a oportunidade de aprender a tocar um instrumento musical. Além disso, a iniciativa proporciona a sociabilização e o contato com a arte musical. Todos esses benefícios são gratuitos para esses jovens, que em troca precisam oferecer apenas o comprometimento e a vontade de adquirir o conhecimento. A iniciativa é uma realização da Escola de Música Fabíula Mugnol, com o apoio da empresa Majufer.

A primeira aula foi realizada no dia 29 de abril. O grupo é composto por cerca de 30 alunos. Mal sabem eles, que estão fazendo parte da história musical de Passo Fundo. “É a primeira turma. É um projeto inovador em Passo Fundo e região. Esse tipo de orquestra existe mais em cidades grandes. Orquestra jovem é uma tendência nos países da América Latina. É um tipo de orquestra para um público novo. Cada um destes jovens estão fazendo parte da história da música em Passo Fundo e da história da orquestra, que está iniciando”, revelou a diretora da escola e professora de piano, Fabíula Mugnol, que trabalha com música há mais de 20 anos.

O conhecimento, nesta fase inicial, não é o requisito essencial. Neste primeiro momento, o comprometimento é mais valioso. “O primeiro requisito seria principalmente a responsabilidade. Não é só vir aqui e aprender de graça. O foco é participar da orquestra. É um compromisso que eles estão assumindo, de vir nos ensaios, de treinar em casa. O segundo requisito é o desejo e o empenho. Aprender a tocar um instrumento não é um passe de mágica. É preciso estudar, saber como funciona, repetir e repetir para dominar”, destacou a diretora da escola.

Uns querem tocar tocar violino, outros querem tocar violão. Muitos ainda não sabem o que vão tocar, mas a vontade de aprender parece ser um denominador comum no grupo. “Quero aprender violino, porque é bonito. Acho também muito legal uma orquestra, contou a aluna da Escola Anna Luísa Ferrão Teixeira, Adriele da Silva, 10 anos.

O projeto incentiva jovens apaixonados pela música. “Desde pequena sempre tive vontade de tocar um instrumento. Já tentei tocar várias vezes o violão, mas só sei as notas básicas. Sempre admirei os instrumentos da música clássica. Acho o som deles maravilhoso. Espero realmente aprender a tocar e, aos poucos, conseguir, junto com a orquestra, levar essa música para as outras pessoas”, declarou a aluna da Escola Eenav, Jassana Pasquali Kasperavicius, 14 anos.

Formação da orquestra

Os alunos aprenderão a teoria e a prática musical. Os ensaios funcionam nas quartas-feiras, nos dois turnos. De acordo com Fabíula, a coordenação e regência da orquestra serão feitas pelo baixista, compositor e arranjador Ghadyego Carraro. “Eles terão aula de teoria, de leitura de partituras, de regência para saber como obedecer os comandos do maestro pelo gestual. Terão noções musicais para o resto da vida”, enfatizou a diretora da escola.

O trabalho de formação da orquestra foi dividido em etapas. “Neste primeiro momento vamos trabalhar com os quatro instrumentos bases: violino, a viola, o violoncelo e o contrabaixo. Os instrumentos de cordas são o coração da orquestra”, explicou Fabíula. Na segunda etapa, serão inseridos os instrumentos populares como guitarra, contrabaixo elétrico, bateria e teclado. “A ideia é misturar instrumentos clássicos da composição da orquestra sinfônica com instrumentos populares”, observou a diretora da escola.

Na terceira fase, entram os instrumentos de sopro, como o clarinete, o trompete, o trombone, para formar uma orquestra completa.

Uma orquestra realmente feliz

O objetivo dos idealizadores do projeto é criar uma orquestra e contribuir com a formação destes jovens. “É um projeto que vai modificar vidas. Vai acrescentar para a comunidade, porque todo mundo vai gostar de assistir. Todos ganham”, disse a diretora da escola.

 

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