“Em coração de mãe sempre cabe mais um”. Com esta frase, a Aiesec quer motivar os passo-fundenses a se tornarem um host family, ou seja, uma pessoa que hospeda um intercambista em sua casa. As vantagens culturais são muitas. Por isso, acolher uma pessoa de outro país, que veio ajudar voluntariamente uma entidade social, é ter o mundo em sua casa.
Uma das formas que a Aiesec encontra para desenvolver potencial de liderança são os intercâmbios sociais, onde universitários engajados que pretendem impactar positivamente a sociedade vêm de todas as partes do mundo ao Brasil. Em Passo Fundo, eles desenvolvem trabalho voluntário em várias Ongs.
Os cidadãos globais, como são chamados, permanecem na cidade de 6 a 12 semanas, de acordo com a duração do projeto. A host family é a pessoa que hospeda o intercambista durante esse período de tempo. Ao participar desse programa o host possibilita o desenvolvimento de um jovem e de uma comunidade. Além disso, a casa se torna um ambiente internacionalizado, onde quem hospeda pode praticar idiomas estrangeiros e aumentar sua rede de contatos.
De acordo com o diretor de Intercâmbios Sociais da Aiesec, Germano Ferreira, o número de intercambistas varia em Passo Fundo. No último período de férias, entre novembro e março, 23 pessoas de outros países vieram fazer intercâmbio no município. “Foi um crescimento de 43% em relação ao período anterior. Esperamos em torno de 40 intercambistas para as férias de inverno deste ano e, com esse número, tornar cada vez melhor o acesso a cultura facilitada aos passo-fundenses”, revelou Ferreira.
Porém, para poder receber esses intercambistas, a Aiesec precisa encontrar lugares para essas pessoas ficarem durante o período em que estiverem em Passo Fundo. Os organizadores da campanha afirmam que os benefícios são inúmeros. “Para o host, o impacto é conviver com uma pessoa de costumes totalmente diferentes, aprendendo a conviver com os mais diferentes tipos de perfis, desenvolver um idioma e aprender a respeitar as diferentes culturas/credos/opiniões, através do convívio com essa pessoa”, destacou o diretor de Intercâmbios Sociais.
Os intercambistas também passam por experiências significativas. “O intercambista sai da sua zona de conforto e se insere em uma sociedade com costumes totalmente diferentes, aprendendo mais sobre a nossa cultura, desenvolvendo a sua liderança e levando conhecimento para o seu país. O intercambista está sendo um agente causador da mudança não apenas na sua vinda e atuação nas ONGs de Passo Fundo, mas também no seu regresso”, salientou Ferreira.
Atuação dos intercambistas na cidade
A Aiesec espera implantar dois projetos distintos em 13 Ongs localizadas em Passo Fundo: o Smarketing e o Gira Mundo. O primeiro tem como objetivo tornar essas entidades mais conhecidas em Passo Fundo e realizar ações para levantar fundos. O segundo é um projeto cultural, com mais contato com a comunidade, onde o intercambista aplica workshops, atividades lúdicas e de recreação com crianças e jovens da cidade. O objetivo é desenvolver essas Ongs.
- A experiência de um intercambista
José Abraham Cano, do Panamá, relatou que a experiência em Passo Fundo marcou a vida dele. “Minha experiência nesta cidade foi maravilhosa. Pude desfrutar e acrescentar na minha vida. Também assei por alguns momentos inconvenientes, como quase quebrar o meu pé. Mas foram momentos assim que me fizeram dar conta das minhas dificuldades como ser humano, mas graças ao apoio da “família Aiesec”, pude superar facilmente, a base de risadas e fraternidade”, relatou Cano.