O Espaço Lúdico e de Atendimento Pedagógico as Crianças Hospitalizadas do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) – projeto desenvolvido em parceria com o curso de Pedagogia da Universidade de Passo Fundo (UPF) – completa 10 anos de atividades, em 2012.
Rotineiramente no Brasil, centenas de crianças deixam de frequentar as salas de aula por motivos de saúde, permanecendo muitas vezes hospitalizadas por longos períodos. Quando a criança deixa o convívio escolar, ela perde muito mais que o conteúdo das disciplinas. Ao se afastar do seu principal meio de socialização elas podem se sentirem tristes e desamparadas, o que afeta a autoestima e reduz os resultados na melhora da saúde. A partir de 2002, com a criação do Espaço Lúdico no HSVP, as crianças que internam na instituição têm a possibilidade de acompanhamento escolar e vivências culturais em um contexto lúdico pedagógico.
Para comemorar a década de existência do Espaço, uma série de atividades foi programada. “Durante os próximos dias, as crianças e a comunidade terão a oportunidade de conhecer melhor o projeto. Teremos atividades diferenciadas praticamente todos os dias até culminar com a festa de aniversário dos 10 nos do Espaço Lúdico. Em paralelo iremos comemorar também o Dia das Crianças”, ressaltou a professora e coordenadora do projeto, Sussi Menine.
A festa será às 15h do dia 10 de outubro, no hall da Pediatria. Até lá as crianças na companhia de seus pais, a equipe médica, Enfermagem e as pessoas que circulam pelo hospital terão a oportunidade de acompanhar várias apresentações artísticas. Já confirmaram presença a Invernada de Danças do Centro de Tradicionalismo Gaúcho Lalau Miranda, o Núcleo de Violinos Suzuki, a Recrearte (fará pinturas nos rostos dos pequenos) e a Danone Baby Nutrition.
Espetáculo de Dança
Na tarde desta segunda-feira (24), os pequenos assistiram apresentações dos bailarinos do Grupo de Danças da UPF. A atividade fez parte das comemorações dos 10 anos do Espaço Lúdico e animou os pequenos com coreografias de Dança de Salão. A coordenadora do grupo, Sinara Costa, destacou a importância dessas ações como um gesto de carinho pelos pequenos. “Nós buscamos através da dança popularizar e contagiar o público. É muito importante que alguém faça algo de diferente no ambiente hospitalar, isso deixa o local mais confortável e animado”, salientou.
Os olhos do carazinhense, Wenderson Farias de seis anos, brilharam no momento em que apresentação começou. “Eu gostaria de dançar como eles. De vez em quando eu começo a dançar, mas não consigo fazer todos aqueles giros que eles fazem”.